terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Cruzeiro "Caribe Mágico" - Philipsburg (St. Maarten)


Bom dia!

Enquanto o Costa Magica navegava pelo mar das Pequenas Antilhas, a uma média de 19 nós e em direcção ao porto de Philipsburg, eu e o meu pai levantámo-nos mais cedo pois tínhamos um encontro marcado!
No dia de navegação, ao passar pelo balcão de excursões, vi um folheto que anunciava a possibilidade de efectuar uma visita aos bastidores do navio! Não podia perder a oportunidade pois, embora já tenha feito imensos cruzeiros, só uma vez consegui passar para o lado de "lá" e foi só para visitar a zona das cozinhas do pequeno navio Ocean Princess. Dessa vez a visita foi gratuita mas a visita do Costa Magica tinha um custo de 29,00 euros que não me importei de pagar. Só o meu pai é que me quis fazer companhia.
Assim sendo após o pequeno-almoço fomos até ao ponto de encontro, frente ao balcão de excursões. Os visitantes foram divididos por grupos tendo em conta a língua que falavam. A nós juntou-se apenas um outro casal que falava espanhol. A nossa guia foi a simpática Mabel, a anfitriã de língua espanhola! A visita teve inicio no Teatro Urbino onde após algumas explicações técnicas fomos presenteados com um espectáculo de luz, efeitos 3D e som. Subimos depois ao palco e daí passámos para o outro lado da cortina. Vimos os vários adereços usados nos diferentes espectáculos, os cenários, os camarins, passámos pela sala técnica, etc. Subimos e descemos escadarias, visitámos parte dos decks inferiores, passámos pela zona de refeições da tripulação, pelo bar que frequentam, fomos até à pequenina piscina exterior na proa do navio onde podem aproveitar para apanhar ar fresco e sol. Visitámos até o camarote que a Mabel divide com uma colega. Um espaço que é menos de metade do nosso camarote interior! Para continuar a visita tivemos depois que nos vestir apropriadamente e assim seguir para as zonas de armazenamento e refrigeração de alimentos, preparação de alimentos e cozinhas. Passámos também pelas impressionantes lavandarias, oficinas, carpintaria, enfim, uma "cidade" que funciona 24 horas por dia para proporcionar o melhor aos passageiros que se divertem nos pisos superiores. Tenho muitos respeito e admiração por este pessoal, não é uma vida fácil! A visita terminou num dos restaurantes onde nos esperavam alguns snacks e bebidas! Infelizmente não era permitido fotografar pelo que não vos posso mostrar tudo o que vimos mas garanto-vos que valeu muito a pena e sempre que tiver oportunidade repetirei!

Do lado esquerdo o casal que nos acompanhou na visita e ao centro a simpática Mabel!
No final da visita a Mabel ainda nos deu mais algumas explicações e como tinha algumas folhas com esses dados perguntei-lhe se os podia fotografar para poder partilhar aqui. A qualidade não é das melhores mas dá para ter uma ideia.

O camarote da Mabel!
A sala onde poucos têm autorização para entrar: a impressionante ponte de comando
As bandeiras e o que algumas significam


 




Quando terminámos já eram quase onze e meia e o navio já estava a atracar em Philipsburg, St. Maarten.






St. Maarten/Saint Martin - Para variar, esta é mais uma das muitas ilhas "descoberta" por Cristóvão Colombo, em 1493, embora os primeiros habitantes tenham sido os Arahuacos, um povo pacifico que se dedicava à pesca e à pecuária. Mais tarde foram os índios do Caribe que aqui se impuseram e aquando da chegada dos colonizadores europeus o povo Arahuaco já quase tinha desaparecido. Em 1648 os mercadores franceses e holandeses dividiram a ilha mas a coabitação sempre foi pacifica. Tornou-se na mais pequena ilha habitada e dividida entre dois países. St. Maarten fez parte das Antilhas Holandesas até 2010 sendo agora membro do Reino da Holanda (juntamente com Aruba e Curaçao). Saint Martin faz parte das Antilhas Francesas. Philipsburg é aceite por ambos os lados como sendo a capital da ilha, embora se localize do lado holandês e Marigot seja a principal cidade do lado francês. 
Do lado francês é o euro que circula mas do lado holandês é o Florim das Antilhas Holandesas. O dólar é aceite na maior parte dos locais.
Embora as línguas oficiais sejam o holandês e o francês, consoante o lado da ilha,  o inglês é falado por toda a ilha.

Philipsburg, a capital, situa-se na costa sul da ilha, no lado holandês, e foi construída em 1763 ao longo de uma baía. A cidade é muito procurada por quem deseja fazer compras beneficiando do duty-free. Os artigos mais procurados são os de electrónica, as bebidas, jóias e relógios, material fotográfico, perfumes e cigarros. A visita a esta cidade terá que ficar para uma próxima oportunidade.

O terminal de cruzeiros (Complexo portuário AC Wathey - batizado assim em homenagem ao homem que teve a visão para o tornar uma realidade) fica a cerca de cinco minutos a pé da marina "Dock Maarten" e a pouco mais de quilómetro e meio do centro de Philipsburg. Também é possível fazer o curto trajecto de "Water Taxi" com saídas a cada 10 minutos.


Ao lado do Costa Magica o Azura, da P&O Cruises
Braemar, pequeno navio que opera actualmente para a Fred Olsen Cruises

E o que é que há para ver nesta ilha? Principalmente praias, já que existem 37 nesta ilha e a mais visitada será, sem dúvida, Maho Beach! E não porque seja a melhor ou a mais bonita mas sim porque fica junto ao aeroporto internacional Princesa Juliana e são famosos os vídeos dos "loucos" que se colocam junto à rede de protecção, na estrada e na praia em frente da pista para sentir a adrenalina que as aterragens mas principalmente as descolagens proporcionam! E claro que vir a esta ilha e não ir a Maho Beach era quase como ir a Paris e não ver a Torre Eiffel (sim, eu sei que o provérbio fala de Roma e do Papa...)!
Assim sendo e depois de alguma pesquisa prévia ao cruzeiro optámos por reservar um passeio de meio-dia com a "Viator" (contacto local: Amigo Tours) que nos levaria a conhecer Maho Beach, no lado holandês e Orient Beach do lado francês. 
Ficou combinado que uma carrinha estaria à nossa espera às 13:45, num estacionamento a norte do terminal. E lá estava o "Amigo" à nossa espera com esta máquina. Pagámos cerca de 38,00€ pelo tour, bebidas a bordo incluídas e também a garantia (Worry-free shore excursion guarantee) de transporte para a ilha seguinte se por algum motivo não chegássemos a tempo de embarcar.

Deixámos Philipsburg para trás e seguimos até Maho Beach, a nossa primeira paragem, onde chegámos cerca de 30/40 minutos mais tarde.
O nosso motorista/guia disse-nos que a saída em direcção à paragem seguinte seria às 16h, pelo que teríamos cerca de duas horas para ver aviões. 

À chegada a Maho Beach ficámos um pouco indecisos sobre qual o melhor local para ver a partida/chegada dos aviões. O local mais conhecido e que aparece em muitos dos vídeos é "Sunset Bar & Grill" mas estava lotado pelo que optámos por ir para a praia! A vantagem de ficar no bar é conseguir fotos nossas com o avião a passar por trás!
Confesso que agora compreendo o que leva tanta gente a ir ver os aviões! Leva-se o tempo com os olhos no horizonte à espera que venha o próximo e que seja um dos grandes, embora a maioria sejam avionetas e pequenos jactos. Mas quando se avista um dos grandes é uma alegria! Mas o que realmente impressiona é a descolagem de um desses! Como não sou perita nestas máquinas voadoras abstenho-me de mencionar que tipo de aviões vimos! Há quem se atreva a ficar junto à rede que separa a pista da estrada mas eu não o faria! O máximo que consegui foi tentar filmar a saída de um deles a partir do pequeno muro que separa a praia da estrada, mas o calor e o vento que sai dos reactores é praticamente impossível de suportar! A areia da praia levanta-se e as pessoas fogem em direcção à água! Não são poucas as vezes em que sacos, roupas, óculos e outros bens pessoais são arrastados para dentro de água! E acabamos por nos render a esta loucura! Mas só mesmo experimentando para perceber!
E agora andem lá comigo ver os aviões...(parece que conheço esta frase de qualquer lado)! 😂



























E como já devem estar fartos de ver tanto avião termino com um video que resume um pouco do que vimos e passa uma melhor ideia do que é estar no local. A parte final do video é já de Orient Beach, no lado francês da ilha, para onde seguimos depois de dizer adeus a Maho Beach e aos aviões!

Para chegar a Orient Bay/Orient Beach temos que atravessar a ilha de Oeste para Este e de uma nação para outra! Uma ilha, duas nações com personalidades próprias e distintas. Se o motorista não nos avisasse nem dávamos pela passagem da "fronteira", assinalada por placas!


 
Quando chegámos à praia de Orient Bay fomos surpreendidos pelo vento que se fazia sentir e por uma praia praticamente deserta! A estadia por aqui só se prolongou por cerca de uma hora porque aproveitámos para utilizar a internet do bar. A password só entregue a quem consome! Claro que como "tugas" que somos, um consumiu e os outros utilizaram a net! 🍺😉
Uma parte desta praia é naturista!

 




Acabámos por regressar ao porto de cruzeiros mais cedo do que o inicialmente previsto e aproveitámos para dar uma volta, comprar água e um ou outro souvenir!



Neste dia não assistimos ao espectáculo "Gente di Mare" pois já regressámos ao navio muito em cima da hora.
Por ser Terça-Feira de Carnaval a temática era "Noite de máscaras" mas grande maioria dos passageiros não aderiu.
O navio saiu de St.Maarten por volta das nove da noite.
Depois de mais um jantar onde a comida não desiludiu, fomos ouvir a música carnavalesca que se tocava no átrio. 



















E assim terminou mais um dia! 

O Costa Magica navegou durante a noite em direcção a sudoeste e à ilha de Antígua, "a porta de acesso ao Caribe"!

Bom descanso!


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