sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Cruzeiro "Caribe Mágico" - Embarque em Pointe-à-Pitre (Guadalupe)


Embora já me tenha deitado tarde acordei logo por volta das 07:00. Pouco depois os jardineiros do hotel começaram a trabalhar e a cortar sebes com uma máquina eléctrica! Uma "excelente" forma de iniciar o primeiro dia nas Caraíbas! A determinada altura estavam a cortar mesmo em frente das portas dos quartos! Cá para mim é o serviço despertar do hotel!!!😒
A nossa reserva não nos dava direito ao pequeno-almoço mas tendo visto os preços da zona da Marina achámos que os €10,00 por pessoa que o hotel cobrava não seria exagerado.
À saída do nosso quarto era esta a vista!
O pequeno-almoço é servido em frente à piscina. Não combinámos nada entre nós e assim cada um geriu o seu tempo. 






Um pouco depois decidimos ir dar um passeio pela zona da Marina. Mas antes penso que vos devo apresentar esta ilha de Guadalupe ou Gaudelupe, em francês.








O território de Guadalupe, com um total de  1628 km², é um departamento ultramarino francês constituído por dois grupos de ilhas: a ilha de Guadalupe (composta na realidade por duas ilhas, Basse-Terre e Grande-Terre, separadas por um estreito de 200 metros de largura mas unidas por duas pontes) e as ilhas próximas (Marie-Galante, La Désirade, as ilhas de Petite Terre e o pequeno arquipélago de Les Saints). As fronteiras são marítimas, tendo Dominica a sul, Montserrat a noroeste e Antígua e Barbuda a norte.
A capital de Guadalupe é Basse-Terre mas a capital económica é Pointe-à-Pitre. Tem estatuto de região administrativa, assim como Martinica, Reunião e Guiana. A língua oficial é o francês (existe um idioma crioulo falado principalmente entre os mais velhos) e a moeda é o euro.

Vista de cima as duas ilhas parecem ter o formato de uma borboleta de asas algo desiguais. E realmente as ilhas são bem distintas entre si, Basse-Terre (a "asa" da esquerda), com 838 km², é a maior e a mais montanhosa, sendo de origem vulcânica. A montanha mais alta, La Soulfiére, com 1467m é um vulcão activo e está inserido no Parque Nacional de Guadalupe, criado em 1989 para proteger uma das selvas tropicais mais bonitas das Pequenas Antilhas. A floresta tropical é densa, existem quedas de água, muitas trilhas, vistas deslumbrantes e praias tanto de areia branca como negra. Grande-Terre, com 595 km², é mais plana e calcária. A sul encontram-se as praias mais paradisíacas e a norte as paisagens mais bonitas. Há zonas de mar aberto boas para a prática do surf e praias protegidas por recifes de corais. Economicamente é a parte mais dinâmica e activa. 

O nome de Guadalupe foi dado por Cristóvão Colombo (muito se ouve falar deste homem pelas Caraíbas), que descobriu a ilha em 1493 e a chamou de Santa Maria de Guadalupe, em honra à Virgem Maria, venerada na cidade espanhola com o mesmo nome. 

Em 1635 tornou-se uma colónia francesa e em 1946 um departamento ultramarino, sendo a sua política organizada como a de França. 

As principais actividades económicas são o turismo e a agricultura (cana-de-açúcar, bananas e frutas tropicais), embora esta última se encontre em crise, levando ao aumento das importações. 

Estima-se que a 1 de Janeiro de 2017 a população fosse de mais de 470 000 habitantes, sendo a sua maioria mulatos, descendentes de europeus e africanos. A religião predominante (mais de 90%) é a cristã.

O clima é tropical, quente e húmido. Existem 2 estações, uma vai de Junho a Novembro e é mais chuvosa e quente, com temperaturas entre os 24º e os 32º. A outra vai de Dezembro e Maio, é mais seca e fresca, com temperaturas entre os 21º e os 31º. 

A comuna francesa de Le Gosier situa-se 7 km a sudoeste de Pointe-à-Pitre e é uma das três estâncias balneares de Grannmde-Terre. A cidade domina o mar mas possui poucas praias. 
Seguem-se algumas fotos do passeio que demos pela zona da Marina.


















E se olharem com atenção conseguirão ver, bem lá ao fundo,uma chaminé amarela! O Costa Mágica já estava à nossa espera!


Antes de regressarmos ao hotel passámos por um supermercado para comprar 1 garrafa de água de 1,5 l! Não comprámos mais pois tinha lido que poderiam não nos deixar embarcar com garrafas. Até então, nos muitos cruzeiros já feitos, tal nunca me tinha acontecido mas há sempre uma primeira vez.
Aguardámos no hotel pela chegada do táxi que nos levaria até ao porto. Embora o preço tivesse sido acordado aquando da reserva, o motorista queria que pagássemos mais por termos muita bagagem. Não teve sorte!



Chegámos ao porto bem antes das 14:00 horas mas só cerca de uma hora mais tarde começou o check-in. Aproveitámos o tempo de espera para reservar o pacote de bebidas Clásico (6 garrafas de vinho tinto ou branco + sete garrafas de água), embora a promoção do dia de embarque se tivesse mantido durante todo o cruzeiro. Meia-hora depois estávamos frente a frente com o navio que seria a nossa casa pelos próximos 15 dias. E afinal as garrafas de água passaram pelo controle sem ficarem retidas!😉 Antes do embarque ainda posámos para o fotógrafo!








Não vos apresento já o Costa Mágica pois penso que faz mais sentido fazê-lo quando vos levar numa visita fotográfica pelos diversos decks.

Pela primeira vez e após 14 cruzeiros, reservei uma cabine interior. Não foi uma decisão fácil pois nunca me agradou a ideia de viajar sem ter oportunidade de ver a luz do dia. Gosto de acordar com claridade, de ir à janela ou varanda e ver se o dia já amanheceu, fotografar o nascer do sol, etc. Mas desta vez o factor diferença de preço pesou mais e a muito custo lá escolhi uma cabine interior Premium no deck 7 (7310). Posso já adiantar-vos que, embora não fosse tão mau como imaginei, não fiquei com vontade de voltar a repetir. Dormi a maioria das noites de "janela aberta", ou seja, com a televisão ligada no canal da webcam do navio! 😊



















Depois de passar pelas cabines subimos até ao deck 9, o do Buffet, para petiscar.

Regressámos depois aos quartos para aguardar pelas malas e tentar arrumar o máximo possível antes da hora do jantar. Escolhemos o 2º turno de jantar (que deveria ser às 20:30 mas passou para as 20:45 neste primeiro dia e depois para as 21:15).
Às 20:15, no Atrium Italia - deck 3, havia animação e chegámos ainda a tempo de assistir a boa parte. 

Seguimos depois para o restaurante Costa Smeralda, onde nos tinha sido atribuída a mesa nº 29 (deck 3), e à nossa espera tínhamos o Júlio Barraca, um simpático filipino que nos serviu durante todo o cruzeiro. 
A ementa era composta por entradas, primeiros e segundos pratos, saladas, uma selecção diária de queijos e as sobremesas. Na ementa existiam sempre pratos típicos da cozinha caribenha. Escolhemos um dos vinhos tintos do pacote e acertámos à primeira pois o "NegroAmaro" passou a ser a escolha diária depois de termos provado as outras duas opções. 
E estas foram algumas das nossas opções! 

Assim que terminou o jantar tivemos que ir até à nossa cabine, colocar o colete salva-vidas e aguardar pelo sinal de emergência geral (sete sons curtos seguidos de um mais longo) para seguir até à Master Station (ponto de encontro) correspondente. O simulacro realizou-se na zona exterior onde se encontram os botes salva-vidas. Depois de ouvirmos todas as explicações regressámos à cabine para deixar o colete e seguirmos até ao deck 11 para assistir à saída do navio de Pointe-à-Pitre, prevista para as 23:00h.



Foi ao som da música do DJ de serviço e com a presença da equipa de animação que dissemos "Bye Bye Guadalupe", até daqui a uma semana.

Depois de sair do canal o Costa Mágica navegou junto à costa de Basse-Terre até ao seu extremo, de nome "Pointe Du Vieux Fort", que deixou à direita para iniciar a navegação em mar aberto com destino a Santo Domingo, na Republica Dominicana.


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