sábado, 28 de fevereiro de 2015

Marrocos - Marraquexe

Com a saída do Riad 107 marcada para as nove, o pequeno-almoço foi servido no terraço a partir das 08:15. Mais um pequeno-almoço que, apesar de não ter muita escolha, era saboroso e mais do que suficiente. 





Este último dia em Marraquexe seria para conhecer os recantos da gigante medina na companhia de um guia local. 
O minarete da mesquita Koutoubia domina a cidade com os seus 77 metros de altura. Os tijolos utilizados nas partes altas desenham losangos entre-cruzados, as arcadas são finamente trabalhadas, e os entrelaçados em relevo diferem em cada uma das fachadas. Uma larga faixa de cerâmica verde-pálido sublinha a austera simplicidade do conjunto. A mesquita é símbolo da dinastia dos almoádas e o ícone espiritual desta cidade. A construção terminou nos finais do século XII.


A primeira visita desta manhã seria à Medersa Ben Youssef (Escola Corânica). Situada no coração da medina, é a maior do país. O seu minarete de 40 metros distingue-se pelas cerâmicas verdes luminosas. Esta escola foi concebida como um colégio residencial para estudantes, que viviam na medersa (Madraçaenquanto decoravam o Corão e estudavam os comentários e a lei religiosa. A medersa foi construída em menos de um ano por ordem de Abdullah el Ghalib, um grande sultão que reinou de 1557 a 1574.


Biblioteca Ben Youssef
Museu de Marraquexe - palácio do século XIX, propriedade do estado, consagra os seus 2000 m2 à arte contemporânea, caligrafia árabe, moedas e cerâmicas. Aberto todos os dias: 09:00 - 17:00
O minarete da medersa Ben Youssef
Junto à entrada para a medersa existem várias lojas que vendem de tudo um pouco.

O grande pátio ao ar livre ostenta uma decoração que mistura mosaicos feitos de pequenos pedaços, estuque trabalhado e madeira de cedro, tudo isto ligado por inscrições de Corão. É rodeado por galerias e tem no centro um lago (vazio) que aponta directamente para um elaborado nicho mirhab (nicho que indica a direcção de Meca), existente no átrio das orações.
As construções públicas seguem a mesma regra das construções berberes, são simples por fora e muito parecidas entre si, para que assim não sobressaiam as desigualdades. A decoração rica em detalhes só existe nos interiores.









Ouvindo as explicações do guia

Janela de um dos dormitórios











 Terminada a visita à medersa fomos até uma das típicas ervanárias onde nos divertimos com as explicações sobre as diferentes especiarias e ervas medicinais. Foi-nos servido um chá e tivemos direito a uma massagem relaxante na zona do pescoço e ombros....e que bem que soube! 





Enquanto aguardava que o resto do grupo fizesse as suas compras na ervanária, aproveitei para fotografar alguns dos produtos que se vendiam nalgumas das lojas em redor.






Acreditam que isto é batom?

A última parte da visita guiada foi pelo interior da medina. Já tínhamos passado, aquando da nossa chegada a Marraquexe, por algumas das ruelas, mas não nos tínhamos aventurado pelas zonas mais distantes e que são também muito interessantes pois são o local onde os artesãos trabalham, onde muitos dos artigos que se encontram à venda são feitos e onde se encontram menos turistas. 
  O que me arrependi de não ter trazido um...







 

A zona dos candeeiros foi das que mais me encantou!




Muitas das trancas e fechaduras que aparecem nalguns filmes de época filmados em Marrocos foram feitos por aqui!









 



Terminámos a manhã numa loja enorme que vende de tudo um pouco e onde é normal os guias levarem os clientes. Dizem eles que é mais barato....
As fotos seguintes foram tiradas ali perto!


Fomos almoçar já bastante tarde. O guia deixou-nos num restaurante moderno, no ínicio da Avenida Mohamed V onde comemos uma saborosa pizza.
A tarde foi passada nas últimas compras, a desfazer e fazer o saco para acomodar os extras e a descansar.
À noite voltámos ao restaurante Nomad para o jantar de despedida.


Foi com muita tristeza que nos despedimos da parte do grupo que estava no Riad Christina. Os que estávamos no Riad 107 ainda tínhamos mais algum tempo para conviver. O despertar dos que seguiriam no voo da TAP teria que ser bem cedo mas a vontade de recolher era pouca. Foi uma semana muita intensa, vivida com estes companheiros de viagem e é sempre difícil quando chega ao fim. Por muito que se combinem novas viagens, encontros, almoços ou jantares, todos sabemos que será praticamente impossível voltarmos a reunir este grupo.  
O balanço desta viagem foi mais do que positivo, como referi no início deste relato e deixa-me com muita vontade de voltar a este país de cores, cheiros e contrastes.
Um agradecimento especial à Marrocos.com e ao João Cajuda pelo excelente itinerário e pela companhia.
Já passava da meia-noite quando nos deitámos e o despertador tocaria poucas horas depois pois voo da TAP era às 09:20.