Mais um dia, mais uma ilha!
Como a chegada do navio à ilha de Granada só se daria por volta da uma da tarde podemos aproveitar a manhã para descansar.
A partir das 11:30 foi servido um Buffet na zona da piscina. Almoçámos cedo para sair do navio assim que possível!
O Costa Mágica atracou no Terminal de Cruzeiros de Melville Street.
Granada localiza-se nas Pequenas Antilhas entre o Mar do Caribe a oeste e o Oceano Atlântico a leste. A norte situa-se Trinidad e a sul St. Vincent e as Granadinas. A ilha é um estado independente e integra a Commonwealth britânica. É constituída pela ilha com o mesmo nome e pela metade sul das Ilhas Granadinas (Carriacou, a maior, Ronde Island e Petite Martinique). A capital e principal porto é Saint George's, cidade localizada ao longo da costa sudoeste da ilha.
Granada é conhecida como a "Ilha das Especiarias" devido à enorme produção de noz-moscada, o que a leva a ser um dos maiores exportadores mundiais deste produto.
Tem uma área territorial de 344 km² e uma população de cerca de 110 000 habitantes. A pomba-de-granada é o pássaro nacional da ilha mas encontra-se em grande risco de extinção.
Foto retirada da internet |
Até ao século XV a ilha foi habitada pelos Aruaques que foram depois expulsos pelos Índios Caribes. A 15 de Agosto de 1498 Cristóvão Colombo (há algum tempo que eu não falava nele...) descobriu a ilha e deu-lhe o nome de Granada, porque a vegetação e o relevo da ilha lhe recordava as montanhas que dominam a cidade andaluza homónima. Como os espanhóis não a tentaram colonizar os Caribes mantiveram-se por aqui mais século e meio. Em 1650 o governador francês de Martinica fundou uma colónia em Saint George's, levando ao extermínio dos Caribes. O domínio francês manteve-se até 1762, ano em que a ilha passou a depender da coroa britânica (perdeu-a em 1779 mas recuperou-a definitivamente em 1783). A escravidão foi abolida em 1833.
Em Fevereiro de 1974 tornou-se um estado independente. Em 1979 um golpe de estado levou ao poder Maurice Bishop que estreitou laços com a União Soviética e Cuba. Um desentendimento dentro do grupo governante terminou na insurreição dirigida pelo General Hudson Austin, em Outubro de 1983, o que levou à execução de Bishop e à intervenção conjunta dos Estados Unidos e países pertencentes à Organização dos Estados do Caribe Oriental. O Partido Nacional ganhou as eleições de 1984 e no ano seguinte os Estados Unidos retiraram as suas tropas.
A língua oficial é o inglês mas a língua mais falada é o crioulo inglês ou francês, o que reflecte a herança dos escravos africanos, dos europeus e dos indígenas. A população é formada por 51% de brancos (origem inglesa, portuguesa, suíça, russa, islandesa e australiana) e 45% de negros (a maioria vindos da Etiópia e do Ruanda). A ilha possui também imigrantes de Marrocos, Egipto, Cuba, Argentina, etc, formando uma das populações mais diversificadas do Caribe.
A moeda oficial é o Dólar do Caribe Oriental.
Saímos do navio e negociámos um passeio por parte da ilha. Iniciaríamos a visita pelo interior e terminaríamos numa das praias da costa leste.
Granada é de origem vulcânica e é atravessada de norte a sul por uma cadeia montanhosa. O ponto mais alto é o Monte Saint Catherine a 840 m de altitude. No centro da ilha, a 530 m de altitude, existe um lago, o Grande Estanque, que ocupa a cratera do vulcão (extinto).
O clima é tropical marítimo e com duas estações, a húmida, de Junho a Dezembro, e a seca, de Janeiro a Maio. É uma ilha atingida por furacões com alguma frequência.
A densa vegetação tropical é o resultado das chuvas intensas e frequentes, de um solo fértil e dos sedimentos vulcânicos. Destacam-se as bananeiras, mangueiras e coqueiros, entre outras. Entre as especiarias, para além da noz-moscada, de que já falei, são também características da ilha a pimenta, a baunilha e o gengibre.
"Long live Grenada - China Friendship" |
A nossa primeira paragem foi para visitar uma cascata localizada já no interior do "Grand Etang National Park".
Seguimos até perto do lago Grande Estanque mas o tempo estava fechado, com muita neblina e o tempo que o motorista nos deu não era muito, daria só para lá ir tirar uma foto. Acabámos por não ir!
No regresso à cidade parámos para apreciar a vista mas a nebulosidade não ajudou!
Continuámos até ao Forte George que nos oferece vista privilegiada sobre a cidade e a zona envolvente.
O Forte George foi construído pelos franceses em 1705. Aqui encontra-se um placa onde se pode ler a seguinte inscrição "Sem dor não há vitória, irmão". São ainda visíveis as marcas das balas disparadas na execução de Maurice Bishop, o líder da revolução granadina de 1979.
Continuámos em direcção a uma das zonas de praia. Passámos junto à Marina Port Louis, deixámos a praia de Grand Anse para trás e parámos na seguinte, Mourne Rouge. A par de Grande Anse é a principal estância de férias da ilha. A praia situa-se numa baía em forma de meia-lua. A água estava turva e foi-nos dito que era devido às condições climatéricas dos últimos dias. Acabámos por só tirar algumas fotos e pedir ao motorista para voltar à praia anterior, Grande Anse.
Grande Anse tem uma extensão de 3 km e é a mais comprida de Granada. É uma baía de coqueiros de onde se avistam os navios que atracam no porto. Também aqui a água do mar nada tinha a ver com a que tínhamos encontrado em todas as outras ilhas.
Regressámos ao porto por volta das cinco da tarde e demos uma volta pelas lojas antes de embarcar. A saída estava prevista para as 19h.
Às 19h 30m estávamos instalados no Teatro Urbino para ouvir o cantor sul-africano Vic Vicus. Que voz!
Antes do jantar fui até à Sala Isolabella, no deck 5, para conversar com o consultor pessoal de cruzeiros sobre uma futura viagem! As reservas efectuadas a bordo tem um desconto adicional! Será que reservei algum cruzeiro???
E lá tenho que me tornar repetitiva e dizer-vos que, de seguida, fomos até ao restaurante para mais um jantar!
Durante a noite o Costa Mágica seguiu a uma velocidade média de 14.5 nós em direcção a Fort-de-France e à ilha de Martinica/Martinique! O cruzeiro aproximava-se do fim!
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