terça-feira, 9 de junho de 2009

Cruzeiro "JÓIAS DO ATLÂNTICO" - Casablanca - ida a Marraquexe


Como a chegada e a saída para a excursão a Marraquexe estava prevista para as 07:30, tive que tomar o pequeno-almoço cedo. À hora marcada estava no Bar Rendez-Vous, Deck 7, esperando a autorização de saída do navio.

CASABLANCA

Casablanca (em árabe الدار البيضاء, ad-Dhar-al-Bayda) é a maior cidade de Marrocos, na costa atlântica do país. Tem cerca de 5,5 milhões de habitantes. É o maior porto e o maior centro industrial e comercial de Marrocos. Casablanca está no local da antiga Anfa, localidade destruída em 1468 pelos portugueses. Em 1515 estes fundaram a actual cidade com o nome de Casa Branca. Destruída pelo terramoto de 1755, foi reconstruída pelo sultão de Marrocos em 1757. Nessa época instalaram-se na cidade muitos mercadores espanhóis passando Casa Branca a ser conhecida como Casablanca. Foi ocupada em 1907 pelos franceses que promoveram o seu desenvolvimento.
A cidade possui uma praça principal, da qual irradiam diversas avenidas. Na generalidade, os edifícios constituem uma versão francesa da arquitectura árabe-andaluza, brancos com linhas simples, sendo de especial interesse a área da Praça das Nações Unidas, onde se localizam as maiores infraestruturas.
Casablanca possui um dos maiores portos artificiais do mundo, sendo um local importante para negócios e comércio. As principais indústrias são a pesqueira, a vidreira, a de mobiliário, a de materiais de construção e a do tabaco." - Wikipedia (com algumas correcções)



Como tinha estado em Casablanca com o cruzeiro da CIC há relativamente pouco tempo, resolvi tomar coragem e reservar a excursão a Marraquexe, mesmo sabendo que era muito cansativa devido ao nº de horas de viagem. Sempre quis conhecer esta cidade e admito que as minhas expectativas eram muito altas! Por volta das 08:30 estávamos atravessando a cidade de Casablanca em direcção à auto-estrada que nos levaria até Marraquexe.

Praça das Nações Unidas
Seguem-se algumas fotos da paisagem que nos acompanhou durante a longa viagem. 
Rio Oum Er-Rbia - o 2º maior rio de Marrocos mas o mais longo, 555 km













Durante a viagem fez-se uma paragem numa área de serviço que, por sinal, tinha muito bom aspecto. A entrada na cidade de Marraquexe deu-se cerca de 3 horas depois de termos saído de Casablanca.

Marrakech, Marráquexe ou Marraquexe - É uma cidade do sudoeste do Marrocos, próxima ao sopé da cordilheira do Atlas. É conhecida como a "cidade vermelha", a "pérola do sul" ou a "porta do sul". A cidade é a capital da região de Marrakech-Tensift-El Haouz. Possui o maior suq (mercado tradicional) do país, para além de uma das praças mais movimentadas da África, a Djemaa el Fna, que abriga acrobatas, vendedores de água, dançarinos, músicos e barracas de comida. À semelhança de muitas cidades norte-africanas e do Oriente Médio, Marrakech possui uma cidade fortificada (a Almedina ou Medina) e uma cidade moderna adjacente (chamada Gueliz). É servida pelo Aeroporto Internacional de Ménara (RAK) e por uma ligação ferroviária com Casablanca e o norte do país - Wikipédia.

Começámos a visita de Marraquexe por uma panorâmica da cidade, antes de iniciarmos a visita ao labiríntico souk, o maior do país.








                             
Os souks de Marraquexe são considerados os mais exóticos e fascinantes do Magrebe. Tal como noutras cidades de Marrocos, são organizados segundo o tipo de produtos que comercializam, estando dispostos pelas ruas estreitas da Medina. São locais sempre muito movimentados, e embora sejam pedonais, há que ter muita atenção, não só para não nos perdemos mas também para não sermos atropelados pelas motorizadas e bicicletas que por lá circulam...

Uma das entradas do souk

                    

                    

                    

                    

                              

                   

A paragem seguinte foi para visitar a "Medersa Ben Youssef" ou Madraçal, em português. É uma escola islâmica, onde os estudantes memorizavam o Alcorão e que foi fundada no séc. XIV pelo sultão Habou el Hassan. Aqui podem observar-se belos exemplos da arte e arquitectura de Marraquexe deixados, principalmente pela dinastia saadi, após a reconstrução. O Madraçal está centrado num grande pátio com uma piscina para abluções. Os edifícios são feitos de madeira de cedro, com um fino reboco trabalhado e coloridos zellij (azulejos).


                   



                   


A sala de rezar possui alguma da mais exuberante decoração de todo o madraçal, com motivos de pinhas e palmeiras, que eram usados nos mihrab, dando um aspecto tridimensional. 


Em todo o madraçal há numerosas inscrições em reboco e zellij, das quais a mais comum é a invocação bismillah: "Em nome de Alá, o compaixonado, o misericordioso". No pátio central podem-se ver as pequenas janelas dos dormitórios dos estudantes. Mais de 800 estudantes viveram neste madraçal. Todos os quartos se situam em volta de pátios.

                  

Esta visita foi, para mim, um dos poucos pontos positivos da visita a Marraquexe...Voltámos às ruas labirinticas da Medina e não imaginam o difícil que é tentar tirar fotos sem parar pois o guia andava muito rápido e tínhamos que nos manter junto a ele. A minha técnica era ir na frente para tentar fotografar sem ter parte do grupo a tapar-me mas enquanto apontava, focava e disparava já tinha andado uns metros e as fotos ficaram, na sua maioria desfocadas. Para além disso os marroquinos não gostam de ser fotografados e o guia disse-me que é por terem medo de aparecerem na net por motivos menos inocentes.

                  




Esquerda, direita, frente, bem rápido....assim foi a visita a pé por Marraquexe. A sensação que ainda hoje tenho é que nem estive lá! Acreditem que até me é difícil lembrar a ordem de algumas coisas! Pela ordem certa ou não, o guia (como acontece em Marrocos e em quase todo o lado) levou-nos a um Bazar que, segundo ele, tinha do melhor e do mais barato! Puro engano! A loja não tinha nada de especial, especialmente quando comparado com o que já tínhamos tido oportunidade de vislumbrar nas lojas da Medina e ainda por cima fecharam-nos lá dentro! Algumas pessoas do grupo, que não tencionavam fazer compras, tentaram sair mas de inicio não queriam abrir a porta. Lá conseguimos sair e tivemos que aguardar numa rua estreita em que a todo o momento passavam motorizadas e não só!Também tivemos direito à típica visita a uma Farmácia natural onde se vende de tudo um pouco.


A caminho da Praça Djema el Fna
De seguida visitamos/passámos pela famosa Praça Djema el Fna (o nome da praça pode ser traduzido como “Assembleia dos Mortos”, pois ali, há séculos, criminosos eram executados e a cabeça deles exposta para servir de exemplo. No entanto, como a palavra Djemaa também significa mesquita, o nome do local pode ser traduzido como "Lugar da mesquita desaparecida", como referência a uma mesquita almorávida destruída.) Nesta praça encontram-se barracas de comida, acrobatas, encantadores de serpentes, domesticadores de macacos (coitados) músicos, dançarinos, etc. Fotos? Só se pagarmos! Ainda consegui disparar, disfarçadamente, em direcção a um dos macacos, preso ao seu "dono" por uma corrente mas este não achou muita piada e queria que eu lhe desse dinheiro mas eu gesticulei explicando que não tinha disparado. A foto nem sequer ficou boa! Neste dia a praça até não estava muito composta.








Mais uma vez passámos de corrida a caminho do Restaurante. Sim, porque a fome já apertava há muito e já se ouviam muitas reclamações. As energias há muito que se tinham esgotado...Eram cerca das 14:10 quando lá chegámos.


Almoço...finalmente! Entrámos no Restaurante, tiraram-nos uma foto e lá nos sentámos, bem aconchegados uns aos outros, numas cadeiras não muito confortáveis mas isso não era muito importante nesse momento. Comida...queremos comida! E lá chegaram uns pratinhos de entrada a que alguns dos meus parceiros de mesa torceram o nariz! Já nem me lembro bem o que era mas sei que, para mim, estava tudo bom. Lentilhas e beringelas faziam parte das entradas. Claro que o tempero é diferente mas eu gosto de experimentar sabores novos e não costumo ter problemas com a alimentação durante as viagens. Sou de boa boca! Galinha e borrego eram os pratos principais, acompanhados do tradicional cuscuz.
Durante o repasto tivemos direito a umas danças típicas. Por fim uns bolinhos  a acompanhar o chá de menta! E toca a despachar que o guia já está à espera...
A visita seguinte foi ao Palácio Bahia. Terminado em 1900, o Bahía foi construído pelo Cardeal Ahmed Ibn Moussa, a quem davam o nome de "Ba Ahmad" com a intenção de ser um dos mais grandiosos da época mas não conseguiu alcançar esse objectivo. É constituído por riads, salões de recepção, pátios e jardins.

                    


Regressámos ao autocarro e o guia disse que nos iria deixar de novo perto da Praça Djema el Fna para fazermos umas compras. Eu e mais algumas pessoas resolvemos ficar dentro do autocarro pois o tempo dado não era muito e, sinceramente, não me apetecia acelerar de novo pelas ruas para tentar comprar uma qualquer bugiganga. Fiquei a descansar e a preparar-me psicologicamente para a viagem de regresso a Casablanca.

A hora a que todos tinham que estar a bordo era às 20:00 mas já passavam uns 15 minutos quando finalmente o autocarro parou no porto de Casablanca. Esta é uma das vantagens de se fazer as excursões pelo barco, pode-se chegar atrasado. Como o meu turno de jantar é o 2º (21:30) tinha algum tempo para dar um banho e preparar-me para a "Noite Árabe". Como já tinha conhecimento de que numa das noites o vestuário sugerido seria o árabe, levei um vestido que tinha comprado em 2007 a bordo do Oceanic para uma noite com a mesma temática! Eu acho piada a estas noites e parece que não sou só eu pois havia muita gente, homens, mulheres e crianças a seguir o "dress code"! Para quem não leva ou não compra em terra, há sempre a possibilidade de adquirir na loja a bordo.
Como o show para os passageiros do 2º turno começa às 20:30 quando cheguei ao Salão Brodway já o "Show Oriental", com a participação do excelente Ballet Internacional de Adriana Locilento ia a meio. Uma pena!


            

                 
Após o jantar fui até à discoteca, na companhia de um casal que conheci a bordo, o Tó e a Xana com os filhos, para assistir ao concurso Miss Sherazade (ele foi um dos sheiks). Diversão bem animada graças ao contributo de todos mas especialmente da excelente equipa de animação!
Fui para a cama já tarde e bem cansada! No dia seguinte, ou seja, passadas poucas horas, teria mais um dia pela frente!


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