quinta-feira, 11 de junho de 2009

Cruzeiro "JÓIAS DO ATLÂNTICO" - Lanzarote


A hora de chegada a Lanzarote estava prevista para as 11:00 e desta vez não falhou muito. Antes das 10h já se avistava a ilha a aproximar-se. O sol brilhava mas uma certa neblina, espero que só matinal, não ajudava à nitidez das fotos.



"Lanzarote, ou Lançarote, é a ilha mais oriental do arquipélago das Canárias. É formada por vulcões adormecidos, enormes crateras e rios de lava. Nesta ilha temos o Parque Nacional de Timanfaya, que é uma das suas principais atracções turísticas. A capital é Arrecife.
Esta ilha foi descoberta pelo navegador genovês Lanzelot Maloisel em 1312. Entre 1730 e 1736 deram-se grandes erupções vulcânicas, que destruíram vilas inteiras, originando uma fuga generalizada da população para as outras ilhas do arquipélago. Para pôr cobro a esta debandada, o rei Filipe V proibiu o abandono da ilha sob pena de morte. Em 1776, foi erigido o castelo de San José, com a finalidade de proteger o porto das naus. Em 1993, a UNESCO, atribuiu a Lanzarote o estatuto de Reserva da Biosfera. O seu habitante mais célebre, no que à Língua Portuguesa respeita, foi José Saramago, Prémio Nobel da Literatura, em 1998." - fonte Wikipédia (com alterações)
 

 
 
 
 
Eu conheço a maior parte das ilhas das Canárias mas esta ainda não conhecia e tinha bastante curiosidade em ver as diferenças em relação às outras. A ideia que eu tinha era a a de uma ilha extremamente árida e portanto não muito bonita. Mas esta foi uma agradável surpresa! Mais uma vez comprei uma das excursões do barco - Montanhas de Fogo em Camelo - e adorei!
Saímos do cais e dirigimo-nos através das aldeias e vilas (passámos pela vila onde vivia o "nosso" Saramago) até ao local onde fizemos a primeira paragem, curta!



Em Lanzarote a arquitectura conseguiu manter-se em harmonia com a paisagem e os edifícios altos são quase inexistentes, devido em muito à severa regulamentação.
A economia local sempre se baseou na agricultura (vinhedos, plantações de tomateiros, batatas-doces e figueiras do inferno) e pesca, embora mais recentemente o turismo se tenha tornado na actividade principal. No entanto, este crescimento levou a uma crescente escassez de água potável, até à pouco tempo exportada do continente. Hoje já existem grandes centrais de dessalinização. A maioria das casas possui varandas e cisternas para aproveitamento da água da chuva, rara por estas zonas!


A primeira paragem foi feita em "El Golfo", uma pequena aldeia junto ao Lago Verde, uma pequena lagoa criada por um vulcão submarino há milhares de anos. A cor verde-esmeralda deve-se às algas marinhas. Caminhámos desde o parque de estacionamento até um miradouro de onde se tinha óptimas vistas do lago, separado do mar por uma língua de areia negra e rodeado por imponentes rochas vulcânicas (pena o tempo não estar grande coisa ).







Estas zonas áridas não são muito propicias ao crescimento de plantas, em geral apenas abrigam espécies indígenas capazes de armazenar água. Fotografei algumas plantas na zona de "El Golfo" mas não sei nem o nome nem o tipo de planta que são, botânica não é a minha especialidade!




Saindo de "El GOlfo", passámos pelas salinas de Janubio, onde as águas de uma lagoa natural são há muito exploradas para a produção de sal. Outrora usado na salga do peixe, o sal continua a ser extraído segundo o tradicional método da evaporação. Esta é a maior fábrica de sal do arquipélago. A maior parte da produção é comprada pelos pescadores mas uma parte destina-se a sal de mesa.

A paragem seguinte foi para prova de vinhos e compras, na Bodega e Artesania La Geria.



Provei vinho, comprei umas garrafas e umas lembranças. Muita confusão e pouco tempo para ver e escolher...
O vale de La Geriaé a principal zona vitivinícola de Lanzarote. Dispersos sobre uma área de cinzas negras que ocupa 52 km2, e foi declarada zona protegida, os curiosos vinhedos formam uma paisagem muito interessante que parece de outro planeta. O vale e as encostas vulcânicas estão cobertos de pequenas cavidades protegidas do vento por pequenos muros de pedra. Dentro de cada uma destas cavidades (gería) cresce uma única vinha.




PARQUE NACIONAL DE TIMANFAYA
"Entre 1730 e 1736, as Montañas del Fuego cuspiram fumo e lava, soterrando povoações inteiras e transformando as férteis terras baixas da ilha em imensas planícies de lava solidificada, rochas vulcânicas e areias de tons acobreados. Hoje a lava é um dos maiores atractivos de Lanzarote. Situadas a sudoeste, as montanhas abrangem o Pico Partido (517m) e formam o núcleo do parque nacional, fundado em 1974. Por enquanto a área tem sido considerada segura, embora a lava ainda borbulhe sob a superfície e continuem a soprar baforadas de enxofre."
Dirigimo-nos para o Parque, sendo a primeira paragem na estação de dromedários para o famoso passeio. Muito giro, pena ter estado tanto vento! O passeio dura cerca de 30 minutos e percorre a zona exterior do Parque.

Fotografar foi uma verdadeira aventura! Com uma mão tinha que me agarrar, com outra segurava a maquina, que ainda pesa, e tentava, entre os balanços do dromedário e as rajadas de vento, focar. A maioria das fotos não ficou em condições!






Um pequeno diabrete, desenhado por César Manrique, é o símbolo do Parque e assinala os seus limites.
As pequenas pedras, tipo gravilha, que nos mostram, estão bem quentes e quando se atiram ramos secos para dentro de um buraco rochoso eles ardem em pouco tempo, o que demonstra bem a constante actividade vulcânica desta área.








A água que é atirada para tubos subterrâneos transforma-se em vapor em segundos. O Islote de Hilario tem a temperatura mais elevada do parque, atingindo 600ºC a 12m de profundidade.


   



































O Resturante El Diablo, projectado por César Manrique (1970), tem uma grelha vulcânica que tira proveito das temperaturas de 300ºC para cozinhar carne e peixe.




Aqui a guia deu-nos algum tempo livre para vermos o Restaurante e irmos à casa de banho. Eu aproveitei para ir até à loja do Parque e encontrei lá coisas bem bonitas e algumas mais baratas do que na Artesania.

CÉSAR MANRIQUE - 1919 - 1992

"Pintor, escultor, arquitecto, urbanista e restaurador, Manrique era natural de Arrecife. Depois de completar o serviço militar resolveu dedicar-se à arte, e as suas pinturas abstractas foram recebidas com aclamação na Europa, Japão e EUA. Em 1968 regressou a Lanzarote e colocou o seu talento ao serviço da preservação do ambiente natural da ilha, ameaçado pelo caótico desenvolvimento turístico. Os seus esforços foram coroados com êxito e a administração local acabou por introduzir regulamentos que limitavam a altura, volumetria, estilo e cor das novas construções. Os seus próprios projectos, em harmonia com a paisagem vulcânica da ilha, tornaram-se respeitados modelos arquitectónicos. Manrique morreu num acidente de automóvel em 1992, mas deixou uma profunda marca na ilha, quer através das suas construções quer pela sua visão de um desenvolvimento turístico responsável." 
RUTA DE LOS VOLCANES - ROTA DOS VULCÕES
Esta é a zona mais importante do parque e que está aberta aos visitantes, embora haja grande diversidade de paisagens e formações rochosas noutras partes. Achei espectacular esta parte da visita e recomendo-a a todos. 

















E chegou ao fim a visita! Regressámos ao porto pois a hora a que tínhamos que estar a bordo, 17:30, aproximava-se rapidamente. Lanzarote deixou-me vontade de voltar para conhecer a outra parte da ilha e até, quem sabe, visitar de novo o Parque. Saímos um pouco atrasados, penso que devido à chegada tardia de alguns passageiros.




Esta noite seria de gala e portanto tive que me apressar para não me atrasar. Mais uma vez não tive oportunidade de fotografar o pôr-do-sol!

COKTAIL DO COMANDANTE

O Capitão António Alonso convidou-nos para um cocktail,  onde tivemos oportunidade de tirar a tradicional foto com ele. Apresentação dos Primeiros Oficiais e Chefes de Departamentos.O horário de Cocktail para o 2º turno de jantar era 19:30.








Não assisti ao espectáculo desta noite - Frenética Ilusão com o mágico Ziro. 

Após o jantar estive num dos bares com um casal que conheci a bordo.

Boa noite! Até logo no Funchal!

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