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07:07 |
Segundo informação do Diário de Bordo, por volta das 3h da manhã o navio chegou ao Ponto Mehmetcik, a entrada para o Estreito de Dardanelles. Ás 4h, Canakkale estaria visível a estibordo e às 5h30m seria a vez de Gelibolu, a bombordo. A hora prevista para a entrada no Mar de Mármara era 5h30m. A chegada a Istambul estava prevista para o meio-dia.
"Istambul é uma cidade frenética, rica em cultura, história e vida nocturna. Dividida em duas pelo Estreito do Bósforo, é a única cidade do mundo que hesita entre dois continentes, a Europa e a Ásia, duas atmosferas contrastantes. A cidade é dividida não apenas pelo Bósforo mas também pelo Corno do Ouro, uma enseada que forma um porto natural. Embora já não seja a capital da Turquia, Istambul continua a ser a maior e mais monumental cidade do país. A população oficial atinge pouco mais de 11 milhões de pessoas mas a população real é provavelmente muito mais elevada". - Guia American Express
Estávamos a almoçar quando a cidade surgiu a estibordo e bombordo. Uma vista magnifica!
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A Mesquita Azul |
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Hagia Sofia |
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Palácio Museu TopKapi |
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Porto de cruzeiros de Istambul |
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Postal de Istambul |
Saímos para apanhar um dos shutlles e seguir para o centro da cidade, visto a zona do porto estar ainda um pouco distante. Os bilhetes para o shuttle custaram $12 por pessoa e dia. O nosso bilhete era para as 13h30m, para os primeiros shuttles a sair, mas, mais uma vez, todos saíram juntos, não interessando a hora do bilhete. Cerca de 20/30 minutos mais tarde estávamos em frente da entrada do Grande Bazar (Bairro do Bazar). Daqui é bastante fácil chegar à Praça Sultanahmet (no bairro com o mesmo nome), onde estão situados, frente a frente, os dois principais monumentos de Istambul. Esta praça deve o nome ao sultão Ahmet I que construiu a Mesquita Azul. Do lado oposto fica Hagia Sofia, um excelente exemplo dos primórdios da arquitectura bizantina.
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Postal onde se podem ver os 2 principais monumentos da cidade |
Começámos por visitar esta última (os bilhetes custam 20 liras turcas, cerca de 10 euros). A “igreja do sagrado reino”, Hagia Sofia (Santa Sofia), é uma das maiores obras mundiais de arquitectura, com mais de 1400 anos. O interior está sendo restaurado (Istambul seria capital europeia da Cultura em 2010) mas mesmo estando um pouco degradada dá para admirar a grandiosidade do local.
"Hagia Sofia foi concebida para ser um espelho terrestre dos céus e o seu interior transmite uma sensação celestial. Os elementos importantes são os mosaicos figurativos brilhantes - vestigios da decoração que outrora revestiu as paredes superiores mas de que grande parte desapareceu. Estes notáveis trabalhos de arte bizantina datam do século IX ou mais tarde....
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Postal de Hagia Sofia |
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Parte da cúpula - 56m de altura - com os seus medalhões caligráficos |
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Acesso ao 1.º andar |
O interior estava a sofrer obras de restauro e parte das paredes estavam cobertas por andaimes. No primeiro andar estavam expostas várias fotografias do interior do monumento.
A visita teve que ser rápida pois o tempo era escasso, havia ainda muito para ver e o dia escurecia bem cedo. Atravessámos o jardim da Praça Sultanahmet e dirigimo-nos à Mesquita Azul. Aqui não se paga entrada mas à saída é pedido um donativo. A maioria das pessoas não deu!
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Postal |
A Mesquita Azul, que deve o seu nome à decoração interior toda em azulejos azuis de Iznik, é um dos mais famosos edifícios religiosos do mundo. Foi construída entre 1609 – 1616 e têm seis minaretes. É impressionante, por fora e por dentro. À entrada tivemos que nos descalçar e meter o calçado num saco, para assim podermos pisar o chão, coberto de tapetes, da mesquita. Pedia-se também que as mulheres cobrissem os cabelos mas eu não tinha lenço e ninguém me disse nada.
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Cada minarete tem duas ou três varandas |
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Mais de 250 janelas permitem que a luz penetre na mesquita Padrões mesméricos com arabescos foram pintados no interior das cúpulas e semicúpulas da mesquita. |
A visita seguinte foi à Cisterna da Basílica - 10 liras a entrada (5 euros). Belíssima peça de engenharia bizantina, esta cave foi planeada por Justiniano em 532, para satisfazer as necessidades crescentes do Grande Palácio. O telhado da cisterna está apoiado em 336 colunas, cada uma com mais de 8 metros. Existem 2 colunas que assentam em bases de cabeças de medusa.
Quando saímos da cisterna já tinha escurecido.
Uma primeira impressão desta cidade, ou melhor, deste bairro: muito limpo, cuidado, restaurantes com muito bom aspecto, esplanadas convidativas e bem decoradas, montras de pastelaria com doçaria típica (delicias turcas) de arregalar o olho e ficar de água na boca, muitas lojas de recordações e artigos típicos (os donos não insistem após o primeiro não ao convite para entrarmos). Em conclusão, fiquei agradavelmente surpreendida e encantada. Até os vendedores de castanhas têm as mesmas alinhadas nos carrinhos o que dá um excelente aspecto. Sentámo-nos numa das esplanadas, mas de aspecto simples, e pedimos 2 Kebabs no pão, uma cerveja e um sumo de laranja c/ romã que custou 20 liras (10 euros).
Percorremos calmamente parte da rua principal, onde passa o eléctrico, entrámos nalgumas lojas, comprámos algumas lembranças…não muitas que o espaço nas malas é pouco!
Anedota do dia: caminhava eu muito bem quando senti umas gotas quentes na cabeça e cara, olhei para cima mas não vi água pingando de lado nenhum! O meu marido olha para mim e diz-me: “cagou-te um pombo em cima”…
! Por isso estava quente….
! Belo final de tarde em Istambul!
O último shuttle saia às 18h15m, o que achei cedo, visto que pernoitávamos em Istambul. A partir desta hora quem quisesse teria que regressar por sua conta. Por baixo da ponte Gálata existem imensos restaurantes e tudo estava muito iluminado. Se estivéssemos com outro casal teríamos optado por jantar aqui mas assim regressámos ao navio.
O navio está de traseira para a cidade o que nos permite ter uma excelente vista panorâmica.
O jantar foi em 2 turnos livres, ou seja, sem nos sentarmos nas habituais mesas. Fomos jantar às 20h30m, como habitual, mas desta vez o Restaurante estava meio vazio. Ou muitos jantaram antes ou optaram por ficar na cidade.
O show da noite era de humor, o que à partida não me seduzia muito pois embora fale fluentemente inglês, entender as piadas deles é outra história! Puro engano! Pete Matthews é um malabarista e cómico espectacular que mesmo sem falar muito colocou todos a rir
. Pena que o teatro estivesse quase vazio!
E fomos dormir com esta vista sobre a cidade! 😉
Até logo....em Istambul! 😘