Sbah Al Khair (Manhã de bem/Bom Dia)!
O pequeno-almoço no Riad Christina seria servido a partir das 9h pelo que decidi acordar por volta das 7h e pouco. Abri a água quente do chuveiro e aguardei, aguardei....e nada! Só saía água fria! Depois de achar que não podia ser normal esperar tanto tempo para que a água quente chegasse ao 1º andar decidi acordar o Carlos para que ele procurasse alguém e descobrisse o que se passava! Algum tempo depois soubemos que era um problema que levaria algum tempo a resolver e que as opções eram não tomar banho ou tomá-lo com água bem fresquinha! A bem-dizer fiquei-me por um meio banho pois detesto água fria! O acontecimento acabou por ser motivo de conversa e risota entre quem foi mais ou menos corajoso!
O pequeno-almoço foi servido no terraço do Riad e consistia em sumo de laranja, café, leite, pão, panquecas, doce e manteiga!
Obtive algumas informações e um mapa com o responsável do Riad e por volta das 10:30 saímos à aventura! Achámos que facilmente encontraríamos o caminho do Riad até à Praça mas puro engano! Algumas crianças tentaram convencer-nos a segui-las mas achámos melhor voltar atrás e tentar encontrar o caminho certo. Um senhor acabou por nos ajudar!
A aventura seguinte foi arranjar táxi para nos levar até ao Jardin Majorelle. Como éramos 8 seriam necessários 2 táxis! Facilmente negociámos com o primeiro taxista mas entretanto outros se meteram na conversa e a situação complicou-se! Um táxi acabou por sair com 3 pessoas e o outro com 5 quando o lógico seria 4 em cada! Enfim! Pagámos 10DH por pessoa.
A cruz indica a Praça Jemaa El Fna |
Jacques Majorelle nasceu em Nancy (França), em 1886. Mudou-se para Marraquexe em 1919 para prosseguir a sua carreira de pintor. Em 1924 adquiriu o terreno e iniciou o que hoje é o Jardin Majorelle. Em 1947 abre pela primeira vez ao público para nunca mais encerrar. Em 1962, após um acidente automóvel, regressa a França onde acaba por morrer.
O Jardim Majorelle é um dos mais misteriosos jardins do século XX. É um local de rara expressão individual e força mística. O jardim apresenta uma enorme abundância de formas e essências vegetais que representam os cinco continentes e reflectem a importância de Jacques Majorelle como um dos maiores coleccionadores de plantas do seu tempo.
Em 1966 Yves Saint Laurent e o seu companheiro, Pierre Bérge, visitam pela primeira vez o jardim onde passam a ir diariamente. Ao saberem que o espaço estaria à venda para no local ser construído um hotel decidiram impedir esse destino. Em 1980 conseguem por fim comprar a propriedade, morando na casa local e iniciando a revitalização do jardim, mantendo a visão do criador. O estúdio do pintor foi transformado num museu dedicado à cultura berbere.
Saint Laurent faleceu em 2008 e as suas cinzas foram espalhadas numa parte do jardim onde se ergueu depois o memorial. Em 2010 a rua em frente ao jardim passou a ter o nome Rue Yves Saint Laurent.
Sigam-me então nesta visita:
Fonte à entrada |
Antigo atelier de Jacques Majorelle onde foi inaugurado, a 3 de Dezembro de 2011, o Museu Berbere. |
Galeria Love de Yves Saint Laurent |
Depois de cerca de 1 hora neste paraíso foi com alguma pena que saímos de novo para o reboliço de Marraquexe. Depois de recusarmos todos os taxis que se aproximavam decidimos seguir a pé, primeiro pela Avenida Yacoub El Mansour, depois pela Boulevard Zerkouni, até chegarmos à avenida principal, a Mohamed V, na zona mais comercial e moderna. Descemos a avenida procurando um local para almoçar e nada como escolher um local típico! Típico de toda e qualquer cidade do mundo....hahaha! Sim, por incrível que pareça, no nosso primeiro almoço em Marraquexe, fomos até ao famoso MacDonald's!!! Pelo menos foi barato e rápido!
Atravessámos a avenida e, seguindo as indicações que me tinham sido dadas pela manhã, apanhámos o autocarro nº 1 para regressar à Praça Jemaa El Fna! E posso dizer-vos que foram 2 Dirhams muito bem empregues pois o pessoal adorou a experiência!
E eis-nos de volta ao fervilhar da Praça Jemma El Fna! Chamam-nos para uma volta de charrete, para comprar colares, pulseiras, sumos, doces, etc, mas se agradecermos e continuarmos o nosso caminho não voltamos a ser importunados.
E decidimos embrenhar-nos, por nossa conta e risco, nas ruelas dos souks esperando conseguir regressar à Praça!
Como são tantas as fotos que quero partilhar e para que este post não fique demasiado longo e pesado vou dividi-lo em duas partes!
Lindo de ler e ver
ResponderEliminarJosé