E chegou o último dia deste circuito, mas não da estadia em Marrocos, pois ainda ficariamos 2 noites em Marraquexe. Sendo este o dia de regresso ao ponto de partida também seria o dia mais longo, com mais estrada e menos paragens.
O pequeno-almoço, excelente, foi tomado por volta das 08:30 e a saída seria cerca de 1 hora mais tarde.
Como referi anteriormente, a minha máquina fotográfica resolveu fazer greve e não mais funcionou. O Mário, companheiro desta viagem, emprestou-me a dele para que eu pudesse continuar a fotografar, o que muito lhe agradeço. Tive assim oportunidade de experimentar a Canon 600D, já que a minha é uma 500D.
Seguimos viagem e a primeira paragem foi na cidade de Kelaat Mgouna, numa loja que vendia os produtos à base de rosas.
"El Kelaâ significa "a fortaleza" em árabe e M'Goun refere-se ao assif (ribeiro) à beira do qual se situa a cidade, a uma tribo berbere e à montanha do Alto Atlas com o mesmo nome, uma das mais altas (4 071 m) do Norte de África, cujo pico se situa a noroeste da cidade, a cerca de 40 km em linha recta. A maior parte dos habitantes da zona são berberes.É um cidade muito animada, que desde há muito é um centro económico, comercial e social da região circundante. É especialmente conhecida pelo "festival das roass", que tem lugar todos os anos em Maio e pelo chamado "vale das rosas" (na realidade são vários vales próximos uns dos outros) onde se cultivam essas flores. As rosas são usadas no fabrico de óleo de rosas e água de rosas, produzidas em duas destilarias da cidade que também produzem outros produtos cosméticos. O óleo de rosas é usado para cozinhar, enquanto que a água é usada em perfumaria. As rosas são a principal actividade da região... Outras actividades importantes são o comércio, pecuária e turismo." - Wikipédia
Seguimos até Skoura. A paisagem vai-se modificando e é notória a proximidade com as montanhas do Atlas.
Skoura situa-se num oásis a cerca de 40 km a nordeste de Ouarzazate.
"O oásis de Skoura ocupa 25 km² ao longo do oued (ribeiro) Amridill, um afluente do Dadès..... Todo o oásis é o ocupado por um denso palmeiral...... Antes das grandes secas dos anos 1990, era um dos mais luxuriantes de Marrocos. A aldeia de Skoura situa-se perto do extremo oriental do oásis. O oásis é famoso pelos seus diversos casbás (kasbah; fortalezas tradicionais), nomeadamente o de Amridil, construído no século XVII por Nassiri ou Ban Nasser, e que figura nas antigas notas de 50 dirhams."
Em troca de uma contribuição que serve para financiar a restauração que tem vindo a ser feita, é possível visitar este kasbah com a companhia de um guia.
O Espace Kasbah Amridil possui 8 quartos e está localizado junto ao espaço histórico que já serviu de cenário a alguns filmes. O guia que nos acompanhou foi excepcional! A maneira como explicava tudo o que nos mostrava captava a atenção de todos e encantou-nos!
Deixámos Skoura para trás já perto das 13h e seguimos para Ouarzazate, para o almoço.
Ouarzazate, pareceu-me, pelo pouco que vi, uma cidade pouco interessante mas o facto de ser local de passagem para o Sara e também para os vales do Draa e do Dadès, torna-a num ponto de referência para viajantes, seja para refeições ou para pernoitar! A partir daqui muito há para visitar. Os estúdios de cinema dão também fama à cidade e animam os habitantes locais.
O nosso almoço seria no Hotel Dar Rita, propriedade da Rita Leitão, da Marrocos.com.
O almoço atrasou-se um pouco e acabámos por sair de Ouarzazate mais tarde do que o previsto, por volta das 16:30. Pela frente tínhamos cerca de 200 km até Marraquexe e cerca de quatro horas de viagem, com pelo menos 30 km de curvas intensas na travessia do Atlas. Uma viagem cansativa!
Chegámos a Marraquexe quase às nove da noite! Despedimo-nos dos motoristas que nos acompanharam neste circuito e tirámos uma foto de grupo com o Hammi, que foi o nosso companheiro deste dias. O grupo foi depois dividido pelos 2 Riads onde já tínhamos ficado no início, tendo ficado no Riad 107 os que tinham ficado antes no Riad Christina que foi o nosso caso.
Saímos para jantar e regressámos ao Riad pois o cansaço era muito. No dia seguinte teríamos, pela manhã, uma visita guiada pela cidade.
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