Labas? (Tudo bem?)
Preparados para seguir em direcção ao Alto Atlas? Espero que sim porque vai valer a pena!
Mas antes temos que tomar mais um pequeno-almoço no Riad Christina e bem cedo, a partir das 07:15, para sairmos cerca de 1 hora mais tarde.
Reunimo-nos ao resto do grupo que estava no outro Riad e seguimos para os 3 jeeps que nos aguardavam! Num dos jeeps, com o motorista Hammi, fiquei eu, o Carlos, a Tânia, a Bárbara, a Cristina e a Paula, ou seja quase todo o pessoal que chegou no 1º dia!
O grupo do Riad Christina |
E estava na hora de deixar a cidade de Marraquexe para trás e atravessar o Alto Atlas, com passagem por Tizi-n-Tichka, a 2260m de altitude em direcção a Ouarzazate, onde pernoitaríamos.
O percurso do dia, entre Marraquexe e Ouarzazate. |
Parte do percurso: Marraquexe - Télouet |
Seguem-se algumas das fotos tiradas entre a saída da cidade e a subida do Alto Atlas, com paisagens impressionantes, cores e contrastes que surpreendem a cada curva! Embora só meça 80 km na parte mais larga, o Alto Atlas bate todos os recordes de altitude, mais de dez cumes ultrapassam os 4000 m, entre eles o djebel Toubkal (4165 m), o tecto da África do Norte, que se avista do lado direito quando se sai de Marraquexe. Ao longo da N9 vamos encontrando os habitantes locais que seguem nas suas rotinas diárias e também muitos vendedores que esperam pelo aparecimentos dos turistas para tentar ganhar o sustento do dia. Em nenhum momento me senti incomodada por eles.
A primeira paragem para fotos! Mário, Carla, Tânia, Carlos, eu, Bárbara, Cristina, Paula e Hammi. |
O verde, os tons terra e ao fundo as montanhas cobertas de neve! |
A primeira paragem, mais prolongada, foi no vale de Ait Ourir, permitindo utilizar as casas de banho e beber alguma coisa enquanto se apreciava a imponente paisagem e nos preparávamos para as apertadas curvas e acentuadas subidas!
As brilhantes pedras que se vendem por todo o lado. |
Pouco depois atravessámos uma povoação onde se realizava um mercado junto à estrada. A paisagem foi-se tornando mais árida e menos colorida, alternando os diferentes tons de castanho pela neve que cobria cada vez mais zonas. Sobressaíam na paisagem as casas de pedra construídas nas íngremes encostas! A temperatura ia baixando ao aproximar-nos do ponto mais alto a que chegaríamos, Tizi-n-Tichka, a 2260 m.
A paragem seguinte, já a cerca de 100 km de Marraquexe, foi no café, Argan Tichka, onde também existe uma loja que vende todo o tipo de produtos fabricados com o argão (argan). Podemos também assistir ao processo artesanal de moagem do fruto para obter o óleo.
"O óleo de Argan é basicamente uma seiva que é extraída de uma árvore típica de Marrocos, a Argania Spinosa.
Por ser raro é caro, e as propriedades que tem fazem com que seja considerado quase como um ouro líquido extraído de uma árvore.
A Argania Spinosa nasce na região sudoeste de Marrocos, área desértica que foi declarada como património florestal mundial da humanidade.
É um produto biológico cuja extracção é feita sem o recursos a produtos químicos. O óleo é obtido através da pressão das amêndoas que são extraídas da árvore Argania Spinosa." - Óleo Argan (mais informações)
Passava das 11:30 quando saímos daqui e seguimos, por uns 10 minutos, por curvas e contracurvas até à paragem seguinte onde o objectivo principal foi tirar fotos, muitas fotos. Eram maquinas, telemóveis e paus de selfies por todo o lado, mas também não era de admirar, a paisagem era de cortar a respiração! Quando pensamos em Marrocos não pensamos em paisagens como as que se nos apresentavam logo nas primeiras horas deste circuito!
O caminho a percorrer ainda é longo e é altura de começar a descer em direcção a Télouet, Pelo caminho apanhámos um pequeno acidente que nos obrigou a parar durante algum tempo.
Já era uma hora da tarde quando chegámos a Télouet, uma vila na província de Ouarzazate, situada a 1870 m de altitude e a quase 20 km de Tichka. Aqui encontra-se o kasbah (castelo ou palácio) de Télouet, por vezes também chamado Dar Glaoui ou Palácio de Glaoui. A reconstrução e aumento de um antigo kasbah terá sido feita entre o final do século XIX e o início do século XX a mando de Thami El Glaoui, um líder da tribo berbere local, que aqui acabaria por morrer em 1956, tendo sido deixado ao abandono até 2010.
Os guardas aqui residentes conduzem visitas pelas principais salas de recepção do kasbah, algumas delas muito arruinadas. No entanto destacam-se as paredes com azulejos, os estuques, as portas de madeira, os tectos e muitos outros pormenores de grande beleza.
Uma abre...outra fecha! |
O trio algarvio! |
A fome já apertava! Saímos por volta das 13:45 e ainda tínhamos que atravessar todo o vale de Ounila até chegarmos a Aït Benhaddou, onde seria o almoço. A estrada serpenteia ao longo do vale, um verdadeiro oásis entre as encostas áridas, acompanhando o curso de água e apresentando-nos pequenas aldeias! As casas tradicionais, cúbicas e de dois ou três andares,são encimadas por um celeiro colectivo, como uma torre de vigia. Destacam-se também as árvores carregadas de flores brancas, que penso que sejam amendoeiras! Lindo!
Havia quem tivesse uma percepção diferente das cores da paisagem envolvente....O que fazem os óculos de sol, não é Bárbara?! |
Os primeiros dromedários! |
A travessia de um curso de água antes da chegada a Aït Benhaddou. |
No próximo post a visita a este magnifico conjunto de alcáçovas, encostadas umas às outras....
Magnificas fotos, obrigado pela partinha
ResponderEliminarJose Oliveira, obrigada por estares sempre desse lado!
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