terça-feira, 18 de novembro de 2014

Veneza & Cruzeiro - Santorini (Grécia) - I


Durante a noite o Ocean Princess navegou pelo Mar Egeu, entre as muitas ilhas gregas, para chegar pela manhã a Santorini, uma das ilhas Cíclades. As Cíclades  são o grupo de ilhas mais visitado, e o seu nome deriva de "Kylos", que significa círculo, porque rodeiam a ilha sagrada de Delos. Santorini é uma das cíclades mais a sul. De entre este grupo de ilhas destaca-se também Mykonos.

A forma actual de Santorini é de meia lua, em consequência de uma enorme explosão vulcânica que destruiu grande parte da ilha em 1450 a.C. e provocou a formação da actual caldeira, em cujo interior se situam uma série de pequenas ilhas. 

A caldeira tem uma forma ovalada e 12 quilómetros por 7. Está rodeada em três dos seus lados por falésias escarpadas que podem atingir os 300 metros de altura. No quarto lado a caldeira está parcialmente separada do mar por uma pequena ilha, Thirasia. No centro da caldeira a profundidade é de 400 m, o que permite a navegação a embarcações de grande porte.



Chamada de Thira pelos Dórios que aqui se estabeleceram no século VIII a.C., foi baptizada de Santorini (Santorino) em honra de Sta. Irene, pelos Venezianos, que a conquistaram no século XIII. 



Firá, ou Thíra, que domina a caldeira e a ilha de Néa Kaméni, é a capital da ilha. Foi fundada nos finais do século XVIII. A cidade encontra-se a 300 metros sobre o nível do mar e tem cerca de 800 metros de extensão. Devastada por um sismo em 1956, Firá foi reconstruída em socalcos entre as falésias vulcânicas, com casas subterrâneas e abobadadas, igrejas com cúpulas azuis, muitos terraços. Actualmente as ruas estão cheias de todo o tipo de lojas, bares e restaurantes, muitos deles com vistas espectaculares sobre a caldeira.


















A chegada a Santorini deu-se por volta das sete da manhã e fomos brindados por um céu azul quase sem nuvens e uma temperatura bastante agradável.

Ao fundo a cidade de Oía
Firá
O pequeno porto pesqueiro de Skála fica 270 m abaixo de Firá e não permite que os navios de maior porte ali atraquem pelo que ficam ancorados na caldeira, entre Firá e a ilha de Néa Kaméni. O transporte para o porto é feito por barcos locais/ferries ou pelos botes dos próprios navios.
Deixámos o Ocean Princess para trás perto das 9 da manhã. A bordo do "Agios Gerasimos" rapidamente chegámos ao porto de Skála.





Há três formas de chegar à cidade de Firá:
  • De teleférico - esta é a maneira mais fácil. Aconselho a que, assim que coloquem os pés em terra, se dirijam à bilheteira pois em determinadas alturas pode haver grandes filas. O preço é de 5,00€ por percurso (2014) e a viagem dura cerca de 3 minutos. Cada cabine tem capacidade para 6 pessoas. O teleférico pode abrir logo às 06:30 da manhã e encerrar até às 23 horas, dependendo da época do ano.
  • A pé - se vos apetecer subir 580 degraus esta será a opção indicada
  • De burro - o negócio mais antigo da ilha. Os burros são também utilizados como meio de transporte e carga. Pessoalmente não optaria por subir ou descer desta forma, pois dá-me pena dos animais. De qualquer maneira tenham atenção se decidirem fazê-lo pois não é isento de perigos. O percurso é o mesmo que se faz a pé. Desaconselhável  a pessoas idosas e de mobilidade reduzida. A descida é ainda mais difícil que a subida. Não tenho a certeza mas penso que o preço será de, pelo menos, 5,00€. Os burros sobem sozinhos pois já conhecem o caminho....
Nós optámos por subir de teleférico!

 E quando se chega lá acima a vista para a caldeira e para a cidade é deslumbrante. Já aqui tínhamos estado em 2009, também numa escala de cruzeiro. Nesse dia ficámos só por Firá e as condições climatéricas não eram as melhores. Muito vento e até chuva!
O Ocean Princess e a ilha de Néa Kaméni

A ilha de Thirasia 
Parte da cidade de Firá
Desta vez o nosso objectivo era ir até à cidade de Oía, na ponta norte da ilha, a 11 quilómetros de Firá. Dirigimo-nos até ao terminal de autocarros mas o próximo só partiria dentro de cerca de meia-hora. Um casal americano, também passageiros do Ocean Princess, sugeriu-nos dividir um táxi para assim chegarmos mais rapidamente a Oía e assim fizemos. A viagem durou pouco mais de 15 minutos e custou 10,00€ por casal.

A bonita cidade de Oía é famosa pelos seus espectaculares pores-do-sol mas não foi desta vez que tivemos oportunidade de assistir a um.  A ilha de Santorini merece uma visita mais demorada!
Oía é o terceiro porto da ilha e foi um importante e movimentado centro de comércio antes de ter sido atingida pelo sismo de 1956. Foi restaurada cuidadosamente e mantém o seu aspecto tradicional. Caracteriza-se pelas suas casas brancas, as igrejas de cúpulas azuis, os muros de seixos vermelhos, as casas subterrâneas (skaftá). Na minha opinião Oía está melhor conservada do que Firá. As duas cidades são um paraíso para quem gosta de fotografar pois os motivos de interesse estão por todo o lado, em cada canto, recanto, esquina! O contraste do branco das casas com o azul do mar e do céu é fantástico. Mas melhor do que tentar explicar por palavras é mostrar em imagens! Vamos então dar um passeio pelas ruas desta bela cidade!



































































































































Teríamos ficado por aqui muito mais tempo, mas se não apanhássemos o autocarro das 11:35 só teríamos o próximo às 13:00 e ainda queríamos dar uma volta por Firá. O regresso ao navio teria que se feito até às 15:30. O autocarro atrasou-se e ainda aproveitámos para beber um café e um sumo a preços pouco simpáticos! O bilhete de autocarro custou €1,60 por pessoa.

Deixarei para depois a continuação deste fantástico dia!


1 comentário:

  1. Não conheço mas fiquei com um bocadinho mais de vontade de conhecer! Obrigado pela partilha de mais uma jornada!

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