A Roménia, situada no sudeste da Europa, é dominada pela cordilheira dos Cárpatos a norte e no centro do país, enquanto o vale do Danúbio se estende a sul para formar um delta junto ao Mar Negro.
Em 2014, os principais sectores da economia romena foram a indústria (27,3 %), o comércio grossista e retalhista, os serviços de transportes, alojamento e restauração (17,9 %), a administração pública, a defesa, a educação, a saúde e os serviços sociais (10,3 %).
A Roménia exporta principalmente para a Alemanha, a Itália e a França. Por sua vez, as suas importações provêm sobretudo da Alemanha, da Itália e da Hungria.
Capital: Bucareste / Superfície: 238 391 km2 / População: 19 942 642 habitantes (2014)
PIB: 150,019 mil milhões EUR (2014)
Língua oficial da UE: romeno
Sistema político: república semipresidencialista
Adesão à UE: 1 de Janeiro de 2007 / Moeda: leu romeno (RON)
Religião: Cristão-ortodoxos, minorias católicas, muçulmanas e protestantes
O actual território da Roménia corresponde à antiga Dácia. Submetida pelo imperador Trajano, a província romana sofreu as invasões de Godos, Hunos, Ávaros e sobretudo de Eslavos, que se misturaram com os Dácio-Romanos.
O actual território da Roménia corresponde à antiga Dácia. Submetida pelo imperador Trajano, a província romana sofreu as invasões de Godos, Hunos, Ávaros e sobretudo de Eslavos, que se misturaram com os Dácio-Romanos.
No século XII, as populações - expulsas para lá dos Cárpatos pelos Húngaros - caíram rapidamente sob o domínio dos Turcos, que se mantiveram ali até ao século XIX. Por altura da guerra da Crimeia, Napoleão III sugeriu a ideia de um estado Romeno. Independente desde 1878, a Roménia recuperou o seu território histórico no fim da 1ª Guerra Mundial. Totalmente isolada após a ocupação da França, em 1940, obrigada a ceder o norte da Transilvânia à Hungria, e privada da posse da Bessarábia pela União Soviética, a Roménia coloca-se ao lado de Hitler, mas quatro anos mais tarde contribui para acelerar a sua queda, com a criação da Frente Nacional Democrática. Ao escolher o modelo comunista, o país conheceu, a partir de 1965, a terrível ditadura de Nicolae Ceausescu. Após a sua morte, em 1989, o país reconciliou-se com a democracia.
Chegámos antes das seis da manhã e as previsões meteorológicas para este dia eram de céu nublado e uma temperatura máxima de 12º. Como referi anteriormente, optei por comprar a excursão da Princess a Bucareste, capital da Roménia, já que Constança tinha pouco que ver. A excursão, com almoço incluído custou $139,00 por pessoa.
Teríamos pela frente uma viagem de quase 230 kms. Saímos por volta das 06:30, com 7º.
O guia era excelente e durante a viagem foi falando sobre a história do país. Não ouvimos tudo pois a certa altura o sono venceu-nos!
Bucareste é a capital e a maior cidade da Roménia! Está localizada no sudeste do país, nas margens do rio Dâmbovita. Não se pode dizer que seja uma cidade antiga, já que a sua existência é referida pela primeira vez em 1459. Tornou-se a capital estatal em 1862. No período entre as duas Guerras Mundiais, a sua arquitectura elegante e a sofisticação da sua elite deram a Bucareste o apelido de "Paris do Leste" ou "Pequena Paris", embora as baixas condições de vida da população e o facto de sido cenário de guerras e conflitos durante o período da Guerra Fria, lhe tenham trazido também o apelido de "A Cidade dos Orfanatos", devido à enorme quantidade de órfãos e crianças de rua que a cidade já abrigou.
Embora muitos dos edifícios e distritos da zona histórica tenham sido danificados ou destruídos pelas guerras, terramotos e também pelo programa de sistematização de Ceausescu, muitos deles sobreviveram. Nos últimos anos a cidade tem crescido em termos económicos e culturais levando a uma melhoria das condições de vida da sua população.
Há que saber um pouco da história da cidade e do país para entender o que visitámos! Depois de uma primeira paragem num centro comercial para ir à casa de banho, chegámos ao Palácio do Parlamento, um edifício que por si só já justificava a visita a Bucareste!
A caminho passámos pela avenida que foi construída à imagem dos Campos Elísios.
Em 1972, Ceauşescu dá início ao programa de sistematização, promulgado como uma forma de construir uma “sociedade socialista desenvolvida de forma multilateral”, o que veio implicar a demolição sistemática de múltiplas aldeias, o deslocamento da população para pequenas estruturas urbanas, muitas vezes mesmo sem esperar que os programas de construção estivessem concluídos. Bucareste sofreu enormes alterações com este programa, onde um quinto da parte velha da cidade é destruído para ser reconstruído segundo a perspectiva do autocrata. Muitas pessoas morrem durante a construção do Palácio do Parlamento (antes chamado de Casa Poporului, a Casa do Povo), edifício onde se situa actualmente o parlamento.
A Revolução Romena de 1989 iniciou-se com uma série de tumultos na cidade de Timişoara que duraram uma semana. Ceauşescu perdeu o controlo sobre o governo do país, fugindo de Bucareste após convocar uma reunião de apoio que se voltou contra ele a 21 de Dezembro, sendo preso e executado a 25 de Dezembro de 1989.
Palácio do Parlamento
O Palácio é um edifício público, situado na "Colina do Arsenal", na melhor localização da cidade. Nesta zona chegou a estar prevista a construção de um outro edifício monumental, uma catedral.
A construção do palácio iniciou em 1983, tendo a cerimónia de inauguração decorrido a 25 de Junho de 1984!!! Os trabalhos decorreram sem parar, 24 horas por dia, por turnos! Aqui trabalharam e morreram muitos soldados e civis!
Um edifício com 12 andares, 270 metros de comprimento e 245 metros de largura, 48 metros visíveis acima do solo e 15 metros escondidos abaixo, 66 000m2 de área construída. Quando Nicolae Ceauşescu ordenou a construção desta estrutura extremamente luxuosa, uma grande parte do centro histórico de Bucareste teve que arcar com as consequências. Um bairro inteiro, estádio, igrejas, conventos e sinagogas foram derrubados para dar espaço à estrutura.
Quando o edifício foi construído toda a economia do país prestou serviços ao palácio. Tudo foi construído com materiais 100% romenos. Toda a produção de mármore foi aqui utilizada, e as lapides para os mortos tiveram que ser feitas de outros materiais, como madeira. Actualmente o palácio abriga o parlamento romeno, mas nem isso é o suficiente para enchê-lo. Assim, o edifício serve para outras funções e é frequentemente usado como centro de conferências. A ala oeste do edifício abriga o Museu Nacional de Arte Moderna.
O edifício tem uma área total de 365 000 m2, ocupando no livro dos Guiness, na categoria "Edifícios Administrativos", o segundo lugar a nível mundial, só superado pelo Pentágono! Quanto a volume, ocupa o terceiro lugar, a seguir ao conjunto Cape Canaveral e à pirâmide Quetzcóatl (México).
É o maior edifício administrativo de uso civil do mundo, o edifício administrativo mais caro e o edifício mais pesado!!!
O edifício tem 1000 divisões, 440 das quais são escritórios, mais de 30 salas e salões, restaurantes e outros espaços! Não existem quartos!
Sigam-me então numa visita a uma pequeníssima parte de Palácio. Tive que pagar 8,00 euros pela autorização para fotografar mas como a claridade não era muita e o tempo em cada divisão também não, muitas das fotos não tem grande qualidade. Coloco aqui algumas e as outras que tirei do livro que comprei. Estivemos mais de meia-hora na fila para passar pelo controle de segurança e a visita durou cerca de 1 hora.
Sala C. A. Rosetti - Esta sala foi desenhada antes de 1989 como uma sala de espectáculos com 600 lugares. O elemento principal é uma enorme cúpula com o maior candelabro do palácio.
Sala Dumitru (Take) Ionescu - Político romano (1876-1922), chefe de governo e ministro em diversas ocasiões.
Sala da União - Serviria para organizar as mais importantes festas oficiais do chefe de estado. Como "salão de baile" do palácio a sua decoração teria que ser impressionante. É o maior espaço do palácio.
A monumental escadaria do hall principal
Sala dos Direitos Humanos - a sala tem uma superfície total de 625 metros quadrados e deveria ser utilizada pelo Comité Politico Executivo do Partido Comunista. Utilizada agora como sala de conferências!
Sala Ion C. Bratianu - Político (1864-1927), líder do Partido Liberal, contribuiu para a unificação da Roménia e na sua altura o Partido Comunista foi considerado ilegal.
Sala Nicolae Titulescu - Político (1882-1941), brilhante diplomático, ex-ministro dos Negócios Estrangeiros entre as duas guerras mundiais.
Sala Nicolaeu Balcescu - Importante politico, escritor e figura da Revolução romena de 1848.
Sala Alexandre Ioan Cuza -Soberano dos Principados Unidos (1859-1862) e do estado nacional da Roménia. Sala prevista para cerimónias oficiais.
Galeria das Tapeçarias - alberga o Museu do Parlamento e uma exposição permanente de pintura
Alguns dados técnicos:
- 1.000.000 m3 de mármore
- 550.000 toneladas de cimento
- 700.000 toneladas de ferro
- 2.000.000 toneladas de areia
- 1.000 toneladas de basalto
- 900.000 m3 de madeiras nobres
- 3.500 toneladas de cristais
- 200.000 m3 de vidro
- 2800 lâmpadas
- 220.000 m2 de tapetes
- 3500 m2 de couro
Na construção participaram 700 arquitectos e 20 000 trabalhadores
Em 1989, na época da queda e execução de Nicolae Ceauşescu, a estrutura e desenho do edifício estavam completos mas posteriormente muito do mobiliário não chegou a ser instalado (mais evidente pelos frequentes grandes espaços vazios por todo o palácio), e os três últimos andares subterrâneos e uma grande torre do relógio (que deveria exibir a hora oficial romena) nunca foram finalizados. Durante a troca de regime, os novos líderes da Roménia referiram-se ao edifício como a Casa de Ceauşescu, para destacar o excessivo luxo no qual ele iria viver, em gritante contraste com a miséria e pobreza sofrida por muitas pessoas que viviam nos bairros das redondezas. Nos anos seguintes foram efectuadas algumas obras mas muito está ainda por terminar.
Esta é uma visita que recomendo!
Seguimos depois para o restaurante onde nos seria servido o almoço.
Continua...
Fontes: Wikipédia / Atlas do Mundo (Planeta Agostini) / Livro "O Palácio do Parlamento"
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