Antes das nove já estávamos a caminho da recepção onde nos aguardava o táxi que nos levaria ao aeroporto.
Próximo destino: Kuala Lumpur, a capital da Malásia!
O voo da Air Asia, com saída prevista para as 11h25 min, deixou o aeroporto com cerca de 15 minutos de atraso. A viagem até Kuala Lumpur leva cerca de uma hora e cinco minutos.
Escolho sempre um lugar à janela pois adoro fotografar a paisagem que se afasta ou aproxima.
Recordo-vos que já tinha falado um pouco sobre Kuala Lumpur num post anterior, aquando da escala do navio em Port Klang, porta de entrada para a capital para quem viaja em cruzeiro: Ásia 2015 - Port Klang (Malásia) - "Mariner of the Seas".
Kuala Lumpur ou KL, é a capital da Malásia, centro financeiro, comercial, sede do Parlamento e do palácio real. É a maior cidade do país e uma das mais modernas da Ásia, com mais de 1,8 milhões de habitantes. Kuala Lumpur significa, em malaio, "cidade do rio lamacento" ou "confluência enlameada".
Kuala Lumpur tem as suas origens na década de 1850 com a abertura de novas e grandiosas minas de estanho, para onde foram contratados trabalhadores chineses. Tornou-se a capital em 1896.
A proclamação da independência da Malásia deu-se em 1957, na Merdeka Square, frente a uma multidão, tendo-se mantido KL como capital.
A economia disparou em 1990 e a antiga aldeia chinesa passou a ser uma das mais importantes cidades do sudeste asiático. Acelerou a construção de arranha-céus e de sistemas de transporte mais modernos.
Do ponto de vista étnico este é um país bastante interessante, formado por Malaios (67%), Chineses (25%) e indianos (8%). Mas estes povos nunca se misturaram muito e criaram os seus próprios bairros. Vivem contudo em harmonia. Em Kuala Lumpur a maior parte dos habitantes são malaio-chineses. O país é oficialmente uma nação muçulmana.
Abdul Halim é o atual Líder Supremo da Malásia e o vigésimo sétimo e actual Sultão de Quedá. Abdul Halim é também o primeiro nobre a governar a Malásia por duas vezes: de 1970 a 1975 e desde 2011.
Do alto vislumbra-se a mata tropical no meio do qual a cidade foi erguida. Destaca-se a gigantesca plantação de ananases que sobrevoámos antes de aterrar.
O nosso voo foi acompanhado de Portugal:
Quando marquei o voo no site da Air Asia surgiu-me a opção de marcar também bilhete para o Skybus, o autocarro que faz a viagem entre o aeroporto (klia2 - o terminal das companhias low cost) e a estação central (KL Sentral), por cerca de 2 euros por pessoa. Tivemos que aguardar algum tempo até o autocarro sair e percorrer os cerca de cinquenta quilómetros que separam o aeroporto do centro da cidade.
Quando chegámos à estação Kl Sentral, o autocarro parou num parque subterrâneo o que nos deixou à mercê dos taxistas que ali aguardam. Sair dali até ao exterior com as malas não era a opção mais prática pelo que lá aceitámos a proposta de um deles! Claro que pagámos mais do que o que seria justo!
O hotel escolhido foi o Hotel Transit, situado em Jalan Pudu, na zona de Bukit Bitang. A escolha deveu-se a dois factores, a localização, embora a rua não tivesse dos melhores aspectos, e o preço, que o orçamento vai ficando mais apertado para o final.
Como chegámos já tarde optámos por comer no restaurante do hotel! As escolhas recaíram sobre pizza e salada César.
(Foto do site do hotel Transit) (Foto do site do hotel Transit)
Saímos do Hotel já depois das cinco da tarde e decidimos ir caminhando em direcção às famosas Torres Petronas. Este foi o percurso que fizemos:
Assim que iniciamos o nosso passeio visualizámos um dos edifícios que mais se destaca na cidade, a Torre Menara KL. Esta torre de comunicações de 421 metros de altura tem um mirador aos 276 metros donde se pode desfrutar de uma panorâmica de 360º e em 2015 era ainda a quinta maior torre do género no mundo. A torre foi construída entre 1992 e 1996 (abertura ao público a 23/07/1996). O mirador (Observation deck) está aberto todos os dias do ano entre as 09:00h e as 22:00h. A torre oferece diversas atracções aos seus visitantes.
Colégio - "Sekolah Menengah St. John |
Em redor da base da Torre Menara está o "Bukit Nanas Forest Reserve", uma reserva secular, que alberga espécies de plantas nativas, incluindo bambus e árvores tropicais.
Contornámos esta zona e encontrámos o Hard Rock Café! Lá entrámos para comprar uma lembrança e algumas ofertas. Não muito longe está o Hotel Mandarin Oriental.
Enquanto continuávamos em direcção às Torres Petronas fomo-nos apercebendo que existia imensa polícia pelas ruas, helicópteros a sobrevoar e carros de alta cilindrada escoltados. Alguns dias antes do início da viagem tinha lido que o nível de alerta terrorista tinha sido aumentado em Kuala Lumpur e pensei que fosse esse o motivo. Só depois soubemos que decorria a cimeira da ASEAN (Associação das Nações do Sudeste Asiático) e que as medidas de segurança tinham sido reforçadas por possível ameaça terrorista iminente. Este anúncio tinha sido feito poucas horas antes e até soldados foram destacados para as ruas da capital. A cimeira iniciara no dia anterior, 18/11 e terminaria a 22/11. Um dos convidados desta cimeira era Obama, presidente dos EUA. Não esquecer que só uns dias antes tinham-se dados os atentados em Paris.
Chegámos junto à base das torres cerca das 18h:30 min. As torres são o foco de atenção de todos os turistas que visitam a cidade, sendo o seu símbolo, e estão localizadas no centro financeiro. Em volta desta zona concentram-se os maiores e mais luxuosos hotéis, os centros comerciais, os restaurantes e bares e também as sedes das grande empresas, alojadas no modernos edifícios de arranha-céus.
Na base das torres está um moderno e luxuoso centro comercial, o Suria KLCC e em frente há um pequeno parque com um lago, o KLCC Park.
As Petrona Towers são dois arranha-céus gémeos com 88 andares, 452m de altura e estão ligados por uma ponte construída entre eles. Aquando da sua inauguração em 1998, tornaram-se as torres mais altas do mundo mas em 2015 ocupavam já o 8º lugar. Mas continuam a ser as torres gémeas mais altas. As torres foram projectadas pelo arquitecto argentino Cesar Pelli e desenhadas de forma a lembrar motivos encontrados na arte islâmica, um reflexo da herança muçulmana malaia. Em 1999 foi aqui filmado o filme "Armadilha" com Sean Connery e Catherine Zeta Jones.
Interior do Centro Comercial Suria KLCC |
A torre 1 é ocupada na sua totalidade pela companhia petrolífera estatal malaia Petronas (que pagou o custo de construção do empreendimento) e as companhias a si associadas. A torre 2 é maioritariamente ocupada por companhias multinacionais como a Al-Jazeera, Barclays Capital, Bloomberg, Boeing, IBM, Reuters, etc.
Obter fotografias da totalidade das torres sem pessoas na frente não é fácil, a opção é fotografar de baixo para cima! Todos procuram o melhor local e ângulo para a melhor fotografia! E depois é fotografar e muito!
Um dos nossos objectivos era subir às torres mas tinha lido, durante as minhas pesquisas, que a obtenção de bilhetes não era nada fácil. Teríamos que ir para a fila da bilheteira antes da sua abertura às 08:30h pois o número de bilhetes disponíveis esgota muito rapidamente. Tentei reservar on line mas a opção não estava disponível! Decidimos entrar e visitar a loja que está junto à bilheteira. Decidi ir perguntar como funcionava a obtenção de bilhetes e, para nosso espanto, perguntaram-nos se queríamos subir no horário das 20:15h. Claro que aceitámos! Cada bilhete custou MYR 84.00, à volta de 18 euros.
Para subir às torres é necessário entregar as mochilas, que serão recolhidas no regresso, e passar por um controle de segurança.
As visitas efectuam-se de Terça a Domingo, entre as 09:00h e as 21:00h. À Sexta-feira fecha entre as 13:00h e as 14:30h para as rezas. Os bilhetes online podem ser adquiridos em http://www.petronastwintowers.com.my/tickets.
O elevador leva os visitantes, muito rapidamente, até ao 41º andar, a 170 metros de altura, onde é feita a visita à Skybridge, a ponte que liga as 2 torres e a mais alta do mundo. Esta ligação permite que quem trabalha nas torres passe de uma para outra sem necessidade de descer ao rés-do-chão e serve também como uma saída de emergência.
O facto de efectuarmos a visita de noite não me permitiu obter boas fotografias pois os vidros refletiam as luzes do interior. As fotografias expostas mostram-nos como será a vista numa visita diurna.
A ponte - Skybridge - que liga as duas torres.
Sampai Jumpa! Tchau!
Esta será a vista durante o dia |
Vista diurna para o Parque |
Subimos de seguida ao 86º andar, até ao Observation Deck.
O Observation Deck, para além de proporcionar uma vista panorâmica sobre a cidade e para o do topo da outra torre, oferece aos seus visitantes uma exposição tecnológica sobre a sua construção.
Ao virarmos os nossos bilhetes para um ecrã que mostra a nossa imagem ele apresenta algumas imagens e informação sobre as torres!
Quando saímos das torres as fontes do KLCC Park estavam iluminadas.
Já eram quase nove e meia da noite quando nos sentámos para jantar num dos restaurantes das redondezas.
Apanhámos depois um táxi para regressar ao hotel!
O dia seguinte seria também passado na cidade e seus arredores!
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