domingo, 8 de novembro de 2015

Ásia 2015 - Langkawi (Malásia) - "Mariner of the Seas"


Langkawi -  a terceira paragem deste cruzeiro foi também na Malásia, desta vez na principal ilha de um arquipélago composto por 99 ilhas. Oficialmente conhecida, desde 2008, por Langkawi, a jóia de Kedah (Langkawi Permata Kedah) localiza-se a norte, no Mar de Andaman, a cerca de 30 km do continente e perto da fronteira com a Tailândia.
Diz a lenda que Langkawi já foi um santuário de corsários e piratas e existem também várias explicações para a origem deste nome, uma delas é que terá surgido da combinação da palavra malaia helang (águia) e da palavra kawi (mármore), dois recursos naturais abundantes nestas ilhas, cujo símbolo até é o de uma águia.
Nestas ilhas podemos encontrar montanhas de calcário, vegetação luxuriante, ilhas desertas, águas cristalinas verde-azuladas, florestas, fazendas de crocodilos, regiões para observação de aves, templos, um teleférico e até uma extraordinária ponte suspensa. Muitas destas características contribuíram para que, em 2007, fosse considerada Geoparque Mundial pela UNESCO, um estatuto dado a regiões de herança geológica significativa e um turismo sustentável.
A maior destas ilhas é Pulau Langkawi, rodeada por um mar turquesa e onde se misturam as colinas verdejantes e quase selvagens, os arrozais e as zonas mais turísticas.


















Pelas fotos que tinha visto antes da viagem imaginei que esta seria uma das chegadas a que valeria a pena assistir de um dos decks exteriores e pelas 7h da manhã lá estava. As minhas expectativas não foram defraudadas e a aproximação ao cais da ilha de Pulau Langkawi deu-se durante a alvorada, entre tons de amarelo, laranja e azulados empurrados pela subida da bola de fogo! As silhuetas das muitas ilhas que nos rodeavam criavam uma visão deslumbrante.













O navio atracou ainda antes das 07:30 e depois de tomar o pequeno-almoço saímos à descoberta desta ilha. O pequeno porto (Langkawi Cruise Center - LCC) está situado a cerca de 30 km da cidade mais próxima. A nossa ideia inicial era tentar alugar um carro e descobrir parte da ilha por nossa conta mas o mesmo não foi possível por não existirem balcões de rent-a-car no edifício do porto. Passámos pelos motoristas de táxi que ofereciam os seus serviços e dirigimo-nos ao exterior, em direcção aos parques de estacionamento. Encontrámos um outro taxista que nos pareceu simpático e negociámos o preço para visitar a ilha. Pagámos RM 250,00 pelo dia, cerca de 55,00 euros, entradas à parte!





Deixámos o porto para trás, passámos pela zona turística de Pantai Cenang e seguimos em direcção à zona do teleférico com o objectivo de subir à "Skybridge".



Por volta das 09:30 chegámos à entrada do recinto de apoio à Skybridge! A entrada é feita através de uma ponte de madeira, suspensa por cordas e que balança bastante.

Depois da experiência vivida no dia anterior com o tempo perdido nas filas, desta vez já sabíamos como contornar o problema. Em vez de comprar o bilhete normal (Basic Package - RM45.00 p/ pessoa) comprámos o que nos dava acesso directo sem necessidade de esperar. Escolhemos a opção do teleférico, ou gondola, com chão em vidro (Bottom Glass Gondola), por RM95,00 p/ pessoa. 
Este é considerado o teleférico com maior inclinação do mundo e leva-nos do nível do mar (Base Station) até ao topo da montanha Machinchang (Top Station), com paragem no miradouro (Middle Station).




Pouco tempo depois estávamos já no interior de uma das cabines/gondolas a caminho da primeira estação, 650m acima do nível do mar. A viagem prolonga-se por 1700m. A menos de meio do percurso a cabine parou, sem mais nem menos, e durante alguns minutos ficámos suspensos sobre a floresta, a umas dezenas de metros de altura e sob um sol escaldante. Não tenho claustrofobia e nem fiquei em pânico, o pior foi mesmo o calor! Não chegámos a saber o que causou a súbita paragem!












Depois de algum tempo nas plataformas que servem de miradouro, apanhámos uma outra cabine para continuar a subir e chegar à Top Station, 705m acima do nível do mar.

A construção da ponte suspensa sobre o topo da montanha Machinchang terminou em 2004.O acesso é feito a partir da Top Station. A ponte está pendurada num único pilar com 82m de altura, está a 100m do chão, tem 125m de comprimento e está entre as mais longas pontes suspensas do mundo. Podem estar 250 pessoas ao mesmo tempo sobre a ponte que, pelo facto de ser curva, oferece aos seus visitantes uma perspectiva diferente.
A vista panorâmica sobre Langkawi é deslumbrante.


O acesso da Top Station à Skybridge está em obras e existe um caminho alternativo, estreito e em más condições. Em construção parece estar um carril que permitirá um acesso mais fácil.








O pior foi o regresso pois foi quase sempre a subir e o calor e a humidade intensas não ajudavam! Chegámos de língua de fora e a escorrer! Lá se foram as calorias acumuladas nos últimos jantares a bordo! Não que isso seja um problema...!
Regressámos à cabine e iniciámos a descida até à base.

Uma das cascatas existentes nesta floresta
















Na base está a "Oriental Village", com lojas, zona de restauração, cinema e muitas outras actividades. O lago é uma das atracções principais. Fizemos algumas compras, comemos um gelado e regressámos ao táxi para seguir viagem! Era quase meio-dia.







O taxista propôs-nos algumas opções de passeio a partir daqui e escolhemos a "Mangrove Tour", pelo que seguimos para o cais de embarque junto ao rio, localizado do outro lado da ilha. O passeio custou RM 350,00, com um barco para nós durante 2 horas. Pouco depois iniciávamos o passeio pelo manguezal. 

















Um manguezal ou mangrove, é um ecossistema costeiro que ocorre na transição entre a terra e o mar em regiões tropicais e subtropicais, ocupando ambientes inundados por marés, tais como estuários, lagoas costeiras, baías e deltas. Estes ambientes são caracterizados, não obrigatoriamente, pela mistura entre as águas doce e salgada. As plantas que compõem o manguezal e dominam a paisagem deste ecossistema são os mangues, que apresentam adaptações que lhes permitem sobreviver num ambiente com estas características. As raízes aéreas são uma alternativa ao solo pobre em oxigénio. As raízes emergem de baixo do sedimento em direcção ao ar e mesmo durante a maré cheia as suas extremidades ficam expostas ao ar. Este ecossistema apresenta condições ideais para a reprodução e desenvolvimento de várias espécies, principalmente crustáceos e peixes e funciona também como uma protecção da linha costeira contra a erosão. Os manguezais são considerados Áreas de Preservação Permanente, o que demonstra bem a importância que lhes é dada, embora continuem a ser destruídos nalgumas zonas do globo.






A primeira paragem foi no local onde os barcos param para alimentar as águias.







A paragem seguinte foi para observar os macacos no seu habitat! Tão bom ver os animais assim, LIVRES!










Continuámos a navegar entre a floresta de mangue e as formações calcárias, apreciando a diversidade de flora e as bonitas cores da natureza. A paragem seguinte seria num restaurante flutuante, onde se pratica aquacultura/aquicultura.















Estas lulas estavam uma delícia, das melhores que comemos nesta viagem!

Continuámos pelo rio até chegarmos às grutas onde se podem ver os morcegos - Bat cave! Quando os olhos se habituam à escuridão começamos a vê-los, pendurados do tecto das grutas! E eram tantos! Como a gruta estava muito escura e não convém disparar flashes não tenho fotos dos morcegos, os únicos mamíferos capazes de voar!
























Deixámos o rio para trás e entrámos em mar aberto por algum tempo, até voltarmos depois, ao ponto de partida. A este passeio só faltou uma paragem para banho! O barco era pilotado por um simpático malaio acompanhado pelo seu filho que, a determinada altura, passou para o leme, mas sempre sobre o olhar atento do pai!




O nosso taxista estava à nossa espera e levou-nos até à que seria a nossa última paragem neste passeio, a praia de Pantai Cenang, uma das mais bonitas e concorridas da ilha, com lojas e restaurantes ao longo da estrada principal.







Quando deixámos a praia voltámos ao porto e ficámos algum tempo aproveitando a Happy Hour (2 cervejas pelo preço de uma), enquanto navegávamos pela internet. Já eram umas 17:25 quando chegámos ao navio, 5 minutos antes do limite! 


Mesmo ao lado do "Mariner of the Seas" estava um imponente iate com a sua tripulação que, com pouco que fazer, pois parecia não estar ninguém a bordo, passava o tempo contemplando o vai  e vem deste dia. O iate, de seu nome "Ocean Victory", tem 140m de comprimento e foi construído em Itália, tendo sido entregue ao seu anónimo proprietário em Dezembro de 2014. Está avaliado em cerca de 300.000.000 euros!!! Tem capacidade para 26 passageiros, 50 tripulantes e foi registado nas Ilhas Cayman. Nem vos digo tudo o que existe no seu interior...se tiverem curiosidade encontrarão a informação na internet!


E às 18h em ponto estávamos a largar amarras. O céu escurecia e ameaçava com chuva. 




Segue-se um pequeno video que ilustra este dia passado em Langkawi:

E rapidamente chegou a hora de mais um jantar! Como o espectáculo para o 2º turno era logo às 19h voltámos a não assistir.






O navio navegou durante a noite cruzando a fronteira da Malásia com a Tailândia. Às duas da manhã os relógios foram atrasados uma hora. Na Tailândia são menos 7 horas que em Portugal.
Assim sendo, uma boa noite e até breve em Phuket, na Tailândia!



1 comentário:

  1. Já estou confuso com tantos posts da Asia. Nem sem a quantas ando, se pelo Vietname, se Malásia, Singapura, Tailândia! Vocês estão a ver se me confundem? Há mas já agora continua que estamos por cá a tentar encontrar o norte!

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