sábado, 7 de novembro de 2015

Ásia 2015 - Penang (Malásia) - "Mariner of the Seas"

Penang - a segunda paragem deste cruzeiro em terras malaias foi numa ilha situada a noroeste da península e conhecida como "Pérola do Oriente" pela multiculturalidade que se encontra reflectida na sua arquitectura, gastronomia e sociedade. A capital da ilha é George Town (Património Mundial da UNESCO), fundada em 1786 pelos britânicos. Pela cidade podemos encontrar residências coloniais inglesas com os seus jardins, mas há muitos outros pontos de interesse espalhados tanto pela cidade como pela ilha.
O navio foi-se aproximando lentamente do porto e da cidade de George Town. As nuvens densas ora escondiam ora descobriam os prédios e os montes por detrás. Estava previsto atracar-mos por volta das 08:00.








Swettenham Pier
Antes das nove estávamos no exterior! Fomos recebidos ao som dos tambores por dois malaios de aspecto pouco tradicional! O calor e humidade faziam-se sentir apesar do tempo nublado.


Dentro do edifício do porto podemos trocar dinheiro e também reservar táxi, seja para nos transportar para um determinado lugar, seja para fazer um passeio pela cidade ou ilha. Optámos por esta segunda opção. Não é necessário negociar preços pois existe uma tabela fixa que mostro de seguida. Pagámos 150.00 RM (33,00 €), 1 táxi para 4 pessoas por 3 horas, cada hora extra seria paga a 50.00 RM (11,00€).

A primeira paragem deste passeio foi no Templo de Dhammikarama, um raro exemplo de um templo budista birmanês fora da Birmânia (agora Myanmar). Este foi o primeiro templo budista de Penang, construído em 1803 mas aumentado ao longo dos anos. O templo está localizado a nordeste de George Town, a cerca de 2,5 km. Aqui encontramos várias pinturas, murais e estátuas sobre a história e lendas do budismo. As personagens apresentam-se vestidas com roupas típicas birmanesas. As feições das estátuas do Buda birmanês distinguem-se pelos típicos olhos arredondados e faces serenas. No exterior destacam-se os tons dourados e vermelhos.
O templo está aberto diariamente entre as 05:00 e as 18:00 e a entrada é gratuita.


Guardião e Protector do mundo - Panca-Rupa
Interior do templo







No salão de orações principal a imagem de Buda, enorme e quase toda dourada, com excepção das mãos, que são brancas, com a palma que se estende à frente em sinal de paz.


Basta atravessar a rua para entrarmos noutro templo, o Wat Chayamangkalaram, ou Templo do Buda Reclinado, um típico templo tailandês, onde se destacam os telhados com as suas pontas afiadas. Este templo alberga uma estátua de 33 metros de comprimento de um Buda reclinado ou deitado, envolto num drapeado de folha de ouro.
O santuário principal e o pagode (templo ou monumento memorial budista, composto por uma torre com múltiplos beirados), foram construídos em 1900, depois do terreno ter sido concedido em nome da rainha Vitoria do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda a 30 de Maio de 1845.
O templo pode ser visitado diariamente entre as 06:00/07:00 - 17:30/18:00 e a entrada também é gratuita.












O taxista insistia, desde o início, em levar-nos a locais onde, muito provavelmente teríamos que pagar entrada e ele ganharia uma comissão mas, para além destes 2 templos, o que também estava na minha lista era a subida ao topo da Penang Hill, para desfrutar da excelente vista sobre a cidade. O que não imaginávamos era que levaríamos mais de hora e meia para conseguir entrar no funicular. Havia fila para a bilheteira mas nada que nos assustasse. Pareciam existir diferentes tipos de bilhetes mas não sabíamos a diferença entre eles. Foram-nos pedidos RM 30.00 por pessoa e passámos para uma outra fila, ainda muito desorganizada. Pensávamos que a entrada do funicular era logo a seguir à zona onde nos parecia que estava o início da fila, mas puro engano! Curva para a direita, curva para a esquerda, vira para um lado e outro e nem sinal do funicular. Com um calor sufocante, rodeados de uma multidão e sem água, aquela hora e meia custou a passar. Aos poucos fomos percebendo que havia quem passasse à frente de toda a fila e entrasse directamente para o funicular!!! Fomos empurrados, passaram-nos à frente e até uma senhora, que deveria estar a controlar a situação, tentou passar um grupo por nós! Nesta altura a minha paciência esgotou-se e decidi que mais ninguém passaria por mim, nem que eu tivesse que também empurrar. Quando finalmente chegámos à plataforma do funicular eu consegui entrar, o meu irmão e a minha cunhada também, mas para outra zona e o meu marido ficou em terra. Teria que esperar pelo próximo! Com tudo isto as três horas contratadas ao taxista tinham já passado e nem sequer ainda estávamos no topo! 





O topo de Penang Hill está situado 821 metros acima da cidade de George Town. A vista pode ser espectacular, tanto para a cidade, como para a costa que rodeia a ilha e até para a península. Há uma zona de jardins, um templo hindu, uma mesquita e uma zona de restauração. Os corajosos e bem preparados fisicamente, podem optar por descer ou subir a pé e apreciar a vegetação luxuriante e plantas exóticas, algumas delas datam até do período jurássico. As nuvens densas cobriram por várias vezes a paisagem e chegou a chover! Num dia de sol e céu azul a vista deve ser deslumbrante! Talvez tenha que voltar...


O "Mariner of the Seas" atracado num dos molhes do porto.
 A ponte que liga a ilha de Penang ao continente é uma das maiores e mais largas de toda a Ásia.


Andavam alguns macacos por aqui mas há que ter cuidado com eles e não facilitar, pois facilmente retiram uns óculos, um telemóvel ou até uma máquina fotográfica!





















A moda dos cadeados também já chegou aqui!



As tabuletas que nos recordam o longe que estamos do continente europeu! Paris, por exemplo, está a 13 783 km daqui!


O local merecia uma visita mais demorada mas, para além de termos receio de levar muito tempo para descer, queríamos ir ainda a outros locais. Felizmente a descida foi rápida, cerca de 15 minutos na fila. Por curiosidade fui até à bilheteira para tentar perceber que tipo de bilhetes é que permitia às pessoas não estar na fila e descobri que, se pagasse o dobro, RM 60.00, teria acesso ao bilhete "Fast Lane", fila rápida...!
O motorista do táxi estava ainda à nossa espera (o serviço só é pago no final) e seguimos para a próxima paragem, o Templo Kek Lok Si (ou Templo da Suprema Felicidade), o maior templo budista de todo o sudeste asiático. Empoleirado na encosta da montanha, a sua localização permitiu que fosse construído em vários níveis. O taxista deixou-nos no parque, que tivemos que pagar (RM 3.00) e, debaixo de uma chuva miudinha, iniciámos a visita e a subida. No primeiro patamar estão as bancas que vendem produtos locais, souvenirs e comida. Ao longo da subida temos pequenos e elegantes pagodes (pagode = templo ou monumento memorial budista, composto por uma torre com múltiplos beirados).
A construção deste templo iniciou-se nos finais do século XIX e continua até hoje. A enorme estátua de bronze de Kuan Yin, ou Deusa da Misericórdia, está rodeada por um pavilhão, suportado por 16 pilares em granito, e com uma altura de mais de 80 metros. Parece estar ainda em construção ou a sofrer obras. Por falta de tempo e devido à chuva, não subimos até lá!


















A chuva não nos facilitou a vida e tivemos que acelerar o passo nas zonas descobertas. Começámos a visita pelo lado esquerdo do templo, entre jardins, fontes, estátuas de budas, santuários, etc.










Durante os primeiros 35 anos da sua existência o templo não tinha o seu icónico pagode, cujo nome oficial é Ban Pho Tar mas que é mais conhecido como o Pagode dos 10 000 Budas. Se quisermos entrar temos que pagar RM 3.00. 
O pagode foi construído em diferentes estilos e isso torna-o ainda mais interessante, a base foi construída em estilo chinês, com a sua base octogonal; o centro em tailandês e o topo é birmanês. O edifício tem 7 andares e as escadas são um pouco estreitas. A vista vale o esforço. Em cada andar existe uma estátua de Buda, todas elas diferentes.





















Na foto do lado esquerdo pode ver-se o pavilhão que rodeia a estátua de Kuan Yin. E no 7º andar é esta a vista! Pena não estar um dia de céu limpo!



















Descemos e regressámos ao parque e ao táxi! Pedimos ao motorista para nos levar de volta à cidade e nos deixar perto do centro! Eram quase duas da tarde e a fome já apertava! Tive pena de não termos tido tempo para apreciar a cidade, conhecer os edifícios coloniais, caminhar pelo centro histórico, passear pela Little India e pelo Bairro Chinês e principalmente, tentar encontrar alguma das famosas e icónicas expressões artísticas que muitos de vocês já devem ter visto mas talvez não soubessem de onde eram. Tirei estas imagens da internet para vos mostrar do que falo, isto é street art! Se voltar não me escapam!

Almoçámos, aproveitámos para aceder à net e caminhámos depois até ao porto. Com saída prevista para as 17h o embarque teria que ser até às 16:30 e fomos praticamente dos últimos a entrar! O terminal estava já deserto!

No dia anterior tínhamos recebido um convite para um evento só para membros Crown & Anchor. O mesmo teria lugar às 17h, hora de saída do navio e não poderíamos ir vestidos com calções, t-shirts ou chinelos, pelo que teria sido necessário regressar mais cedo para estarmos prontos a horas. Preferimos não comparecer!
Subimos ao deck exterior para assistir à saída! O tempo melhorara e o sol já levava a melhor à maioria das nuvens! 






 Tivemos algum tempo sentados numa mesa com vista para a piscina mas o calor era tanto que resolvemos seguir para o lado oposto, passando pelo deck 13 onde se situa o campo de basquetebol e o circuito de mini golf. Subimos depois ao deck 14 e ficámos algum tempo no Viking Crown Lounge apreciando um refrescante cocktail.





E rapidamente chegou a hora de nos prepararmos para mais um jantar a bordo! Quase no final a tripulação brindou-nos com música e desfile!









Decidimos passar pelo Teatro Savoy para assistir ao espectáculo "Beat Circle" mas não me perguntem o que vi porque achei tão aborrecido que me deixei dormir! Só sei que tinha muito batuque...
Às 22:30 teve início a "70's Dancing in the Street Dance Party" na Royal Promenade. 
Na manhã seguinte atracaríamos em mais um porto da Malásia, na ilha de Langkawi! Mas isso fica para a próxima!



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